Zenóbio descumpre promessa e lixão vira problema de saúde pública em Guarabira

O ser humano é um, e se não for o ser mais adaptável no universo. Para muitos, o mal cheiro do lixo é insuportável e impossível de conviver, mas para quem sobrevive e depende dele para ter o seu sustento, encara o mal cheiro e ter que dividir o espaço com urubus, insetos, ratos e o risco de contrair doenças, como parte de uma rotina diária.

No lixão de Guarabira, mais de 100 catadores de lixo, entre eles crianças entre cinco e 12 anos, disputam o que é jogado fora por muitos, mas que para eles pode se tonar dinheiro e fonte de alimentação. Alimentos encontrados no lixão são consumidos pelos catadores sem nenhum receio. A falta do uso de equipamentos de proteção é rotina.

No Brasil ainda estão em funcionamento mais de 200 lixões, o fim deles estava programado para agosto de 2014, porém grande parte das  prefeituras não conseguiram cumprir o prazo estipulado, como é o caso de Guarabira.

Na Paraíba, estão em formação sete consórcios, para a construção de aterros sanitários para atender os 90 Municípios que ainda não cumpriram período determinado para a extinção dos lixões.

Para o pré-candidato do PSB em Guarabira, Josa da Padaria, o fim do lixão foi uma promessa de campanha do atual prefeito Zenóbio Toscano (PSDB) e que até agora não foi cumprida.

“É triste a gente ver uma cidade no porte de Guarabira ter um lixão. Guarabira é uma cidade que deveria ter acabado com o lixão. Tem uma portaria nacional que determina o fim dos lixões. O atual prefeito prometeu, na campanha, que iria dar fim. Ficou acertado que teria um consórcio, mas esse consórcio não sai do lugar. Isso é um caso de saúde publica, e requer uma intervenção direta do Ministério Público para conceder prazos. Guarabira não pode ter mais isso”, declarou.

E comenta as justificativas da gestão atual. “Ele diz que há um consórcio com outros municípios da região para se construir um aterro sanitário, mas até agora sequer definiu qual será o terreno, qual municipio será construído. Ninguém dá uma explicação convincente. Esse é um assunto em pauta inclusive da campanha da fraternidade deste ano”, refletiu.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Guarabira, mas não obteve êxito.