Vence chapa da oposição para comissão do impeachment; paraibano está incluso

A chapa apresentada por oposicionistas para a comissão especial que deve apreciar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi vitoriosa durante votação na Câmara Federal, na tarde desta terça-feira (08). Dentre os 39 deputados indicados como titulares da comissão, figura o deputado federal paraibano Manoel Junior (PMDB).

Em votação secreta, a Câmara dos Deputados elegeu nesta terça-feira (8), por 272 votos, a chapa alternativa integrada por deputados de oposição e dissidentes da base governista para a comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A sessão que definiu os nomes dos deputados responsáveis por analisar o pedido de afastamento da chefe do Executivo foi marcada por tumultos no plenário.

Deputados governistas inconformados com o fato de Cunha ter determinado votação secreta e ter autorizado a candidatura de uma chapa avulsa tentaram impedir a eleição. Eles chegaram aquebrar parte das urnas eletrônicas instaladas no plenário para a votação.

A chapa vencedora, batizada de “Unindo o Brasil”, foi protocolada por parlamentares oposicionistas e dissidentes da base governista na tarde desta terça com a adesão de 39 deputados de PSDB, SD, DEM, PPS, PSC, PMDB, PHS, PP, PTB, PEN, PMB, PSB e PSD.

Ao final da votação, os deputados oposicionistas que derrotaram o governo comemoraram no plenário. Depois, cantaram o Hino Nacional erguendo uma bandeira do Brasil.

Ao todo, a comissão especial será formada por 65 parlamentares titulares e o mesmo número de suplentes. Os partidos que não tiveram indicações na chapa vencedora serão convocados a apresentar as indicações para completar as vagas.

Uma sessão extraordinária da Câmara havia sido marcada para a noite desta segunda (7) para eleger a comissão que irá analisar o processo, mas foi adiada em razão do impasse dentro das bancadas para definir os representantes e, principalmente, por conta da insatisfação de uma ala do PMDB com os nomes definidos pelo líder da sigla, deputado Leonardo Picciani (RJ).

PMDB (8 vagas)
Osmar Terra (RS)
Lelo Coimbra (ES)
Carlos Marum (MS)
Lúcio Vieira lima (BA)
Manoel Junior (PB)
Mauro Mariani (SC)
Flaviano Melo (AC)
Osmar Serraglio (PR)

PSDB (6 vagas)
Carlos Sampaio (SP)
Bruno Covas (SP)
Shéridan (RR)
Rossini (PR)
Nilson leitão (MT)
Paulo Abi-Ackel (MG)

PSB (4 vagas)
Fernando Coelho Filho (PE)
Danilo Forte (CE)
Bebeto (BA)
Tadeu Alencar (PE)

PSD (4 vagas)
Sóstenes cavalgante (RJ)
Evandro Roman (PR)
João Rodrigues (SC)
Delegado Éder Mauro (PA)

PP (4 vagas)
Jerônimo Goergen (RS)
Jair Bolsonaro (RJ)
Luiz Carlos Heinze (RS)
Odelmo Leão (MG)

PTB (3 vagas)
Ronaldo Nogueira (RS)
Benito Gama (BA)
Sérgio Moraes (RS)

SD (2 vagas)
Fernando Francischini (PR)
Paulo Pereira da Silva (SP)

DEM (2 vagas)
Rodrigo Maia (RJ)
Mendonça Filho (PE)

PSC  (2 vagas)
Marco Feliciano (SP)
Eduardo Bolsonaro (SP)

PPS (1 vaga)
Alex Manente (SP)

PEN (1 vaga)
André Fufuca (MA)

PHS (1 vaga)
Kaio Maniçoba (PE)

PMB (1 vaga)
Major Olímpio (SP)