Os vereadores de Guarabira, em sua última sessão antes do recesso do meio ano, decidiram barrar os subsídios do prefeito, vice, secretários e vereadores para a próxima legislatura. A matéria que tramitava na Casa Osório de Aquino, foi derrubada depois do posicionamento da bancada dos Girassóis.
Pela proposta apresentada, o salário do prefeito, atualmente 18 mil, passaria a ser 22, 6 mil. O vice-prefeito sairia de R$ 9 mil para 11,3 mil. Os secretários, que percebem atualmente R$ 4,2 mil, passaria para 5,4 mil e os vereadores sairiam dos atuais R$ 6 mil para 9,4 mil. Com a reprovação da matéria, os salários continuam os mesmos.
A bancada dos vereadores Girassóis decidiram votar contra a matéria e chegaram a publicar uma nota à imprensa, esclarecendo que no atual momento de crise em que vivemos, a população não aceitaria o reajuste para o prefeito, o vice, secretários e vereadores. Com essa posição, os setores organizados da sociedade nas redes sociais fizeram pressão e os demais parlamentares aderiram o posicionamento dos Girassóis.
Todos os vereadores estavam presentes, houve discussão durante a votação e uma emenda apresentada pelo vereador Armando Rodrigues (Malaguty) também foi derrotada, mas somente pelo voto decisivo do presidente Inaldo Júnior. Malaguty pediu redução dos salários em 1%, exceto dos secretários. A votação ficou em 7 a 7, desempatando contra a emenda o voto do presidente.
Depois de muitas questões de ordens, muito debate sobre a legalidade em votar também numa terceira vez o presidente colocou em votação, tendo o projeto sido derrubado por unanimidade. Os parlamentares também foram unânimes em congelar os salários.
Estudantes e integrantes de movimentos sociais espalharam cartazes pelas paredes da Câmara contra o aumento dos salários.