Vereadores querem convocar Manoel Júnior para explicar denúncia sobre propina

Os vereadores da oposição ao prefeito Luciano Cartaxo (PSD) querem a convocação do vice-prefeito Manoel Júnior (PMDB) para prestar esclarecimentos sobre a citação do seu nome na nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) e que revela repasse de R$ 150 mil para o peemedebista.

Segundo o vereador Humberto Pontes (Avante), uma reunião na terça-feira (19) entre a bancada de oposição vai definir sobre o assunto, assim como o retorno da caravana da oposição.

A nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (PMDB), revela que o nome do atual vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), aparece nas movimentações financeiras do doleiro Lúcio Funaro.

Confira na íntegra a nova denúncia de Janot clicando aqui.

De acordo com um dos trechos da denúncia, a pedido do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), em 2014, o então deputado federal Manoel Júnior teria recebido a quantia de R$ 150 mil, sendo R$ 50 mil entregues no escritório de Funaro e R$ 100 mil por meio de três TED’s (Transferência Eletrônica Disponível).

“Conforme Relatório de Análise n” 122/2017/SPEA/PGR, o então Deputado Federal EDUARDO CUNHA atuou de forma decisiva para aprovar a alteração legislativa supracitada, utilizando-se para tanto da Emenda 376, apresentada pelo Deputado Federal Manoel Júnior (PMDB/PB). Cabe acrescentar que, assim como EDUARDO CUNHA, o Deputado Federal Manoel Júnior também foi beneficiado por doação do BANCO BTG PACTUAL S.A”, diz trecho da denúncia de Janot.

“Manoel Júnior, atual vice-prefeito de João Pessoa/PB, deputado federal à época do fato, aparece na movimentação financeira de Funaro com um dos desdobramentos da conta de EDUARDO CUNHA (“BOB”), com o codinome “bob-paraiba”, conforme veremos nas planilhas. No dia 02/10/2014, foi pago em benefício de Manoel Júnior o montante de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), entregues R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) no escritório de Lúcio Funaro, e R$ 100.000,00 (cem mil reais) foi pago por meio de três TED’s”, acrescenta a denúncia do procurador-geral.