O vereador e líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de João Pessoa, Bruno Farias (PPS), sugeriu ao secretario de Infraestrutura, Cássio Andrade, faça delação premiada, sobre a obra da Lagoa e contrate um advogado para sua defesa, ao invés de pensar em processar a oposição.
Bruno também ressaltou que a comissão criada pelo prefeito Luciano Cartaxo (PSD), para investigar as irregularidades da obra da Lagoa é uma maneira de tentar desviar o foco e culpar um elo mais fraco.
“Gaste para pagar advogado, para fazer uma delação. Essa comissão é para culpar o mais fraco. Neste caso, é você, Cássio. O prefeito não pode transferir responsabilidades. Ele quer escolher um Judas e eu digo a Cássio que não queria ser esse Judas”, salientou.
Na última quarta-feira (28), em coletiva de imprensa, a oposição mostrou documentos que comprovam o envolvimento direto da esposa do secretário de Cássio Andrade, para liberação de recursos para obras e levou o caso ao conhecimento do superintendente da Caixa Econômica Federal na Paraíba, Marcus Vinicius Neves, que se comprometeu em instaurar um processo administrativo para investigar as denúncias.
Entenda o Caso
A engenheira Luciana Torres Maroja Santos, esposa do secretário de Infraestrutura de João Pessoa, Cássio Andrade, de fato esteve envolvida nos processos burocráticos para autorização de disponibilidade de recursos para a obra de revitalização do Parque Solon de Lucena, a Lagoa.
Contrário às manifestações do auxiliar do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), de que ela estaria afastada de todo e qualquer projeto referente à Prefeitura da Capital, os documentos disponibilizados no portal do Sistema de Convênios (Siconv) mostram que, até a 10ª medição da obra, ela participou, indireta ou diretamente, da equipe da Gerência de Governo (Gigov) em João Pessoa, que viabilizava a liberação dos recursos federais para a obra.
Abaixo, seguem documentos que estão assinados digitalmente por Luciana, que ocupava a coordenação do Gigov, à época.