Vereador rebate aliado de Manoel Junior e nega que traiu o PMDB

Um desconhecido. Foi desta maneira que o vereador Fernando Milanêz (PMDB) recebeu as críticas e alfinetadas do presidente estadual do PMDB jovem, Dhiêgo Amaranto, que chamou, recentemente, de “vereador de traidor”.

Em entrevista ao Paraíba Já, Milanêz afirmou desconhecer a figura e garantiu não se sentir atingido com o adjetivo de traidor.

“Dhiêgo? Quem é Dhiêgo? Eu não conheço esse rapaz, não vou discutir com uma pessoa que eu nem conheço. Quando querem me atacar vem com Dhiêgo, que é uma pessoa que eu nunca vi na vida. Porque não colocam o cacife de lá? Se ele é ligado a Manoel Junior, porque o próprio Manoel não vem me chamar de traidor? Aí eu poderia dizer quem eram os traidores do PMDB, se é que existem, porque eu conheço muito bem a política da Paraíba. Quando falam em traição isso não me atinge em nada. Acho que Manoel Junior não teria coragem de me chamar de traidor e espero que minha amizade com ele venha a ser preservada independente da posição que eu venha tomar. E outra, eu tô de saída do PMDB. “, rebateu.

O vereador relatou que está saindo do partido de cabeça erguida e que acredita já ter atingido suas metas na Câmara. “Eu penso, será que eu não tô aqui tomando o lugar de alguém que possa vir aqui com mais disposição? Não é com beleza nem idade, é fazendo política com ética, porque eu digo a você, a única coisa que eu me envaideço é que eu saio com a cabeça erguida. O maior salário que eu levo é poder olhar nos olhos de todos. Eu não sou de agredir ninguém, eu respeito todas as posições, mas não dependo de ninguém. Desafio qual foi o partido que me deu um tostão, você pode dizer que já ouviu muita história minha, só não vai ouvir dizer que eu sou ladrão. Esse pra mim é o maior presente, que no dia 1 de janeiro de 2017, quando eu sair da Câmara eu vou sair com a consciência tranquila, mas vou deixar um filho no meu lugar e vou esperar pra ver o que Deus reserva pra mim. Eu gosto da política. Quem sabe o que vai acontecer?”, explicou.

Questionado sobre possíveis insatisfações dentro do partido, Milanêz explicou. “Eu já falei isso várias vezes. Eu discordo da maneira, da metodologia do PMDB, e acho que não só eu. Eu acho que nessa coisa, Gervásio fala ao mesmo tom. Como é que o PMDB vai se comportar? Se as lideranças de peso do partido, por exemplo, Gervásio, ele vai ser o presidente da Assembleia, Tróccoli Junior, secretário do Estado, Olenca entrou como na Assembleia? São essas perguntas, fáceis de ser respondidas, mas difíceis de entender”, afirmou.