O vereador Bruno Farias (PPS), único da oposição compondo a Comissão de Políticas Públicas na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), foi a tribuna para defender o relatório da Controladoria Geral da União (CGU), que indicou irregularidades na obra da Lagoa.
Bruno ressaltou o despreparo da Caixa em fiscalizar obras e comparou a atuação da bancada de situação aos programas policiais de televisão. “No mínimo um estranhamento, para não dizer uma coincidência, afinal de contas, o presidente da Casa teve que responder a Justiça se instalava ou não a CPI da Lagoa. Vamos falar o português bem claro, essa pressa tutelando o regimento foi para se fabricar respostas. Para dizer ao juiz que a Câmara discutiu, e a confusão a que se chega é que não aconteceu nada. Alô auditores da CGU, a Prefeitura tá dizendo que vocês não entendem de nada, vocês fiscalizam obras do Oiapoque ao Chuí e os auxiliares da Prefeitura estão dizendo que vocês não entendem de patavinas”, relatou.
O vereador questiona os números que constam no relatório. “Tá parecendo aquele programa policial, em que o repórter chega na prisão, e pergunta ao anjinho se ele cometeu ou não o crime e ele nega. Foi o que eu vi agora. A oposição dizendo que eles entenderam que não há nada o que ser apurado e o relatório da caixa diz isso. Em determinados momentos do relatório a própria Caixa diz que não tem competência pra fazer a fiscalização. ‘Frisando que não cabe a engenharia da caixa atividades de investigação”. 11 mil viagens, foi dito aqui. Onde foram feitas essas viagens? Também na calada da noite, quando essa sessão foi provocada? Onde esses veículos foram abastecidos? De maneira muito clara, tem a nota fiscal, sim ou não? Existe um controle de entrada e saída no aterro sanitário, sim ou não? 11 mil viagens são suficientes para tirar 200 mil toneladas de lixo?, indagou.
