Vereador de JP reclama do prazo dos projetos do Executivo: ‘chegam em cima da hora’

Nos últimos dias, sete categorias entraram em confronto, em defesa dos seus direitos, contra a Prefeitura de João Pessoa. Professores, médicos, guarda municipal, engenheiros, agentes de saúde, agentes de endemias e profissionais de saúde ocuparam o plenário da Câmara de Vereadores, e através de cartazes e muito protesto, tentaram impedir a aprovação de projetos enviados pelo poder executivo municipal que traziam prejuízos para as categorias, ou a sua alteração. O vereador Fuba esteve presente em todas as sessões e conversou com representantes dos profissionais que se sentiram prejudicados com a postura adotada pelo prefeito Luciano Cartaxo.

“A maior queixa das categorias é a falta de diálogo da gestão. Algumas mesas de diálogo foram até abertas, mas, ou não tiveram continuidade ou foram encerradas sem nenhuma explicação. O resultado disso foi a apresentação de projetos com um conteúdo desconhecido para os profissionais diretamente atingidos, ou com colocações que trazem inúmeros prejuízos”, afirmou o vereador.

O parlamentar também acrescentou o fato que os projetos enviados pelo executivo chegaram praticamente no momento da votação, sem possibilitar que os vereadores tivessem acesso.

“Temos uma grande responsabilidade com a população, afinal, fomos eleitos através do voto direto. Como podemos fazer uma boa análise dos projetos encaminhados pela Prefeitura se isso é feito em cima da hora? Só tomamos conhecimento do conteúdo dentro do plenário momentos antes da votação. Acredito que não é dessa forma que as coisas devem acontecer. Tanto as categorias envolvidas quanto aos parlamentares devem ter tempo para avaliar os projetos, e, se for o caso, sugerir alterações que possam melhorar o seu conteúdo”, colocou o vereador, que como presidente da Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa se negou em dar o parecer oral sobre os projetos.

Fuba explicou que os engenheiros viram a aprovação de um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração que traz como base uma tabela de salários de 2013, que está totalmente defasada, e algo semelhante aconteceu com a Guarda Municipal.

“Como membro da bancada de oposição tentamos colocar em votação emendas que revertessem os problemas detectados pelos engenheiros e pela guarda municipal, porém, não conseguimos o apoio necessário entre os outros colegas da Casa”.

Sobre os médicos, agentes de saúde e agentes de endemias, o vereador colocou que as três categorias só tiveram as suas reivindicações atendidas, e “só foram ouvidas pela Prefeitura Municipal após muitos protestos, e algumas conversas só aconteceram depois que uma presidente de um sindicato se algemou no plenário da Câmara de Vereadores”.

“Esse não é o compromisso, sensibilidade e abertura que esperamos de um gestor ou da sua equipe. Será que só através de atos absurdos, de extremo desespero, que as portas da Prefeitura serão abertas para a população? O diálogo deve ser permanente, verdadeiro e aberto, sem manobras nos bastidores”.

“Sobre os professores acredito que nem é preciso comentar nada. Estamos vendo diariamente o que a gestão está fazendo, e a proposta de 0% de ‘aumento’ é algo inacreditável. A greve é a forma que os professores têm de lutar por seus direitos, e sem diálogo não acredito que as coisas irão se resolver”, finalizou Fuba.