Venda de celulares com tela grande decolou em dois anos, mostra análise

Segundo um estudo da consultoria Flurry, que analisa dados de 540 mil aplicativos de dispositivos móveis e foi adquirida pela Yahoo em 2014, cada vez mais consumidores vêm escolhendo um “phablet” –misto das palavras “phone” e “tablet”, que designa aparelhos com telas grandes– como objeto de desejo neste final de ano em todo o mundo.

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (28), comparam dados dos últimos dois anos com os de 2015. Enquanto em 2013 esse segmento de celulares só ocupava 4% da fatia total de vendas, em 2014 chegou a 13%, e neste ano dobrou em pontos percentuais, com 27%. O levantamento ocorreu entre os dias 19 e 25 de dezembro de cada ano.

Já os aparelhos de tamanho médio continuam líderes de mercado, mas vêm perdendo força: eram 64% em 2013, depois 63% em 2014 e agora perderam nove pontos percentuais em relação ao ano passado, com 54%.

O resultado ainda mostra um empate técnico entre os tablets de tela grande e os pequenos, com 9% cada segmento; e os pequenos celulares (tela menor que 3,5 polegadas) na lanterna, com só 1% de fatia de mercado.

iPhone grande vende menos

“No começo, parecia que os phablets estavam roubando mercado dos tablets, com a participação dos tablets caindo de 17% em 2013 para 11% em 2014. Pela primeira vez em 2015, porém, parece que os consumidores estão preferindo os phablets em detrimento não de um tablet, mas de um telefone de tela menor”, pondera o texto publicado no site da Flurry.

Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, os celulares com tela grande estão entre os principais responsáveis pela queda no mercado de tablets no Brasil e no mundo.

A pesquisa da Flurry confirma que o fenômeno do “phablet” é impulsionado principalmente pelo Android: enquanto neste sistema operacional ele corresponde a 50% dos aparelhos novos, no iOS equivale a apenas 12%. Os atuais “phablets” da Apple são os iPhones 6 Plus e 6S Plus.

No entanto, a Apple foi a marca mais vendida no Natal deste ano, com 49,1% do mercado, contra 19,8% da Samsung, 2,0% da Nokia, 1,7% da LG e 1,5% da Xiaomi. As informações são do Uol.