Trauminha: “Nossas fiscalizações não têm conotação política”, diz presidente do CRM

Em coletiva de imprensa realizada na sede do órgão, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) apresentou diversas irregularidades encontradas durante a fiscalização  no Hospital Ortotrauma de Mangabeira, conhecido como Trauminha.

“Realizamos uma fiscalização há cerca de seis meses, foram apontadas dificuldades e ontem, exatamente porque temos recebido denúncias de pacientes, queixas de médicos e até denúncias que surgem através da mídia, nós realizamos uma fiscalização nesse hospital exatamente no sentido de subsidiar as ações que possam melhorar o atendimento da nossa população”, explico João Medeiros, presidente do CRM-PB sobre a visita do órgão para inspecionar o Trauminha.

O presidente do CRM-PB fez questão de ressaltar que as fiscalizações realizadas pelo órgão são procedimentos de rotina e que não há nisso nenhuma motivação de cunho político. “Quero esclarecer que essas fiscalizações nossas não têm nenhuma conotação política. Não sou político, o meu partido é o CRM, que tem por obrigação zelar pelo exercício ético da medicina”, declarou.

Ele elencou várias irregularidades encontradas no Trauminha. “Encontramos diversas desconformidades, diversas irregularidades, a começar pela superlotação da urgência e emergência, a área vermelha superlotada , com capacidade para cinco pacientes e tinha doze pacientes lá, a falta de insumos, a falta de medicamentos, muitos aparelhos sucateados, o tomógrafo quebrado, o aparelho de raio-x também sem funcionar, a falta de insumos na área de ortopedida e traumatologia, faltam placas”, revelou.

“Certamente esse problemas colocam em risco o atendimento ético da população”, alertou João Medeiros. Ele disse ainda que espera que o poder público municipal tome as devidas providências diante da situação calamitosa do Trauminha.

“Nós vamos elaborar, à partir dessa fiscalização que foi feita, um relatório detalhado e minucioso e apresentar ao gestor. Estaremos ,certamente, a disposição no sentido de contribuir para melhora. Agora, é claro que essa situação não pode persistir porque é um grave risco para a população e para e exercício ético da medicina”, pontuou.