Time que ‘roubou’ do Botafogo-PB sonho do acesso à Série B se sagra campeão da C

O Boa Esporte é o campeão da Série C do Campeonato Brasileiro. O time mineiro, que tirou do Botafogo-PB o sonho de disputar a Série B em 2071, ficou com o troféu batendo o Guarani em casa neste sábado por 3 a 0. O paraguaio Braian Samudio, Fellipe Matheus e Kaio Cristian marcaram os gols do duelo que garantiu o título.

Quem roubou a cena na final da Série C, porém, foi um zagueiro do Guarani. Ferreira foi expulso aos 17 minutos do segundo tempo – ele abriu os braços para proteger a vola, mas o árbitro viu uma cotovelada. E aí o bugrino ficou ensandecido com o vermelho, partiu para cima do juiz Marcos Mateus Pereira e o derrubou no chão com um forte empurrão.

O companheiro Auremir ainda tentou contê-lo, mas Ferreira seguiu descontrolado e também o derrubou com um golpe de judô.O bugrino deu muito trabalho, se recusou a deixar o gramado e só foi contido quando o colega de zaga Leandro Amaro conseguiu acalmá-lo.

Com a bola rolando, porém, o Boa Esporte se deu bem melhor. Marcou dois gols em menos de 15 minutos e controlou a vantagem para conseguir o primeiro título da história do clube. E frustrou os planos do Guarani, que podia se tornar o primeiro do país a ser campeã das três primeiras divisões do futebol nacional.

O jogo

Houve princípio de confronto entre torcedores e policiais militares antes do início da partida. O setor visitante estava localizado próximo ao que era reservado para a torcida do Boa Esporte. A PM teve de utilizar spray de pimenta para dispersar bugrinos que se aglomeravam na divisória entre as duas áreas e retardou a entrada dos aficionados do Guarani no estádio.

Dentro de campo, o Guarani foi neutralizado pelo Boa Esporte e sofreu para segurar o ímpeto dos rivais. Logo aos dois minutos, Braian Samudio levantou a torcida mineira ao cabecear uma bola à esquerda do gol campineiro.

Aos nove minutos, Rodolfo invadiu a área com a bola dominada e serviu o paraguaio Samudio, que chutou no canto esquerdo superior de Leandro Santos para colocar o Boa Esporte na frente. O Guarani ameaçou aos 12 minutos, mas Daniel defendeu a conclusão de Eliandro.

Na sequência, Fellipe Mateus dominou a bola quase no bico direito da grande área e finalizou colocado, acertando o canto direito de Leandro Santos. O goleiro do Bugre saltou na bola, mas não conseguiu evitar o segundo gol dos donos da casa.

O Guarani criou duas boas chances, aos 21 e 22 minutos, mas o lateral Gilton e meia Fumagalli não conseguiram superar o goleiro Daniel. O restante do primeiro tempo seguiu com domínio do Boa Esporte, que soube administrar bem o resultado até o final do primeiro tempo.

Segundo tempo

O segundo tempo foi ainda pior para o Guarani. A equipe não conseguiu criar boas chances e quase levou o terceiro gol, após Daniel Cruz chutar em cima de Leandro Santos, aos 15 minutos.

Dois minutos depois, o zagueiro Ferreira protegeu uma bola com o corpo e Rodolfo caiu no chão, reclamando de uma cotovelada. O árbitro Marcos Mateus Pereira entendeu que houve agressão e mostrou o cartão vermelho direto para o bugrino.

A controversa decisão do juiz deixou Ferreira transtornado. O zagueiro foi para cima do árbitro e o empurrou no campo. Para evitar novas agressões, os jogadores do Guarani cercaram Ferreira e arrastaram o defensor para fora do campo.

O Boa Esporte ainda ameaçou mais uma vez, aos 35 minutos, mas o chute cruzado de Rodolfo foi para fora. Já nos acréscimos, aos 47, Kaio Cristian aproveitou um rebote dado pelo goleiro e concluiu para o gol livre, sacramentando a primeira conquista nacional do clube mineiro.