Tensão: paraibanos batem boca antes de votar relatório na Comissão do Senado

A sessão desta sexta-feira (6) da comissão especial do impeachment no Senado começou às 10h28 já em clima tenso. Antes de votar o relatório que recomenda a continuidade do processo sobre a presidente Dilma Rousseff (PT), senadores da base e da oposição bateram boca. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), precisou apartar a discussão.

Em mais uma troca de farpas, algo que virou recorrente nos trabalhos da comissão, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) acusou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) de “infâmia”.

A briga na Comissão do Senado começou quando o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), questionou uma mensagem postada na página do Facebook de Lindbergh em que o petista afirmava que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) iria retirar direitos trabalhistas. Cássio disse que se tratava de uma informação inverídica e que gostaria de acreditar que foi um “descuido da assessoria” do petista.

Lindbergh, que nasceu na Paraíba, mas construiu sua carreira política pelo estado do Rio de Janeiro, pediu a palavra para explicar que fez a postagem e repetiu que Aécio seria a favor da retirada de direitos sociais. Caiado reagiu e disse que ele estava “reiterando a infâmia, a mentira”. “Se a sua assessoria fez isso, são cúmplices da infâmia”, bradou.

O senador Aloyzio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também revidou e disse que Lindbergh iria responder pela “infâmia” no Conselho de Ética do Senado. A sessão está em andamento.

Mais informações em instantes.