CMJP debate situação dos bancos públicos em sessão especial

Na tarde desta terça-feira (5), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou uma sessão especial, no âmbito da Comissão de Políticas Públicas da Casa, que discutiu sobre a defesa dos bancos públicos. O vereador Marcos Henriques (PT), conhecido pela atuação à frente do sindicato dos bancários na Capital, propôs a discussão alegando que o Governo Federal está sucateando os bancos públicos, fechando agências e criando programas de demissões.

O vereador Tibério Limeira secretariou os trabalhos. A discussão contou com a participação de políticos, sindicalistas, trabalhadores bancários e representantes da sociedade civil organizada.

De acordo com o parlamentar, na atual conjuntura, o Governo Federal está sucateando os bancos públicos, fechando agências e criando programas de demissões em uma clara tentativa de desmonte do setor com o objetivo de privatizá-los. “Vamos fazer um debate para que a sociedade entenda que está acontecendo com nossos bancos públicos. Não poderíamos deixar de trazer esse debate para esta Casa”, justificou.

Marcos Henriques ainda afirmou que a atuação de instituições bancárias, a exemplo do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste, foi capaz de contribuir para a redução dos desequilíbrios regionais que gerenciam importantes programas sociais para população e assim como vêm atuando também com o propósito de reduzir as desigualdades sociais.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, falou que importante ter consciência da necessidade de envolver a sociedade na salvaguarda do patrimônio público e de uma sociedade mais igualitária. Já o deputado estadual Anísio Maia (PT) disse que a privatização não serve ao povo porque só se presta aos interesses dos poderosos.

Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, comentou que todos estavam unidos com os movimentos sociais em defesa dos bancos públicos.

Todos os outros representantes da categoria dos bancários que usaram da palavra destacaram que a causa não era apenas uma questão corporativa mas a luta em defesa do patrimônio público. De acordo com eles, outra bandeira de luta é mostrar a sociedade a diferença entre a gestão pública e a privada e as consequências da privatização para sociedade.