Secretário-geral do PSOL pessoense critica discurso de deputado do PT

O secretário-geral do PSOL, de João Pessoa, Fabiano Galdino, comentou o discurso proferido no último dia 3, pelo deputado federal Luiz Couto (PT). “Presunção de inocência não quer dizer presunção para não ser investigado, nem presunção para ser tratado acima da lei”, afirmou o secretário rebatendo as declarações do deputado de que era preciso assegurar a presunção de inocência do ex-presidente Lula quanto às acusações que são levantadas contra ele.

“No discurso, Couto manifestou sua “mais apaixonada” defesa da imagem do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Ocorre, porém, que o deputado Luiz Couto confunde a utopia de um povo com a utopia de um grupo político”, ironizou.

Galdino relembrou a história do povo brasileiro e suas utopias, e afirmou que essas histórias não pertencem a nenhuma liderança politica específica. Desta forma, o dirigente do PSOL contradiz a posição lulista do deputado Couto. “De fato, a utopia não morre, mas o seu principal porta-voz não é um único individuo, porque seria limitar as forças de uma coletividade a um ser mortal e corruptível”, ressaltou.

O secretário, que é também pré-candidato a prefeito pelo PSOL, fez uma avaliação, onde apesar de vistar uma defesa “irrefletida” da liderança de Lula, vê que o discurso do parlamentar petista paraibano assume considerável importância, tendo em vista que parece trazer críticas indiretas aos 13 anos do PT no Governo Federal. “O discurso de Couto é importante para que alguns debates e esclarecimentos sejam feitos. Por exemplo, o Governo Federal e do PT, nesses últimos 13 anos, não moveu uma palha pela concreta defesa da democratização dos meios de comunicação. Isso me parece um fato”, disse.

“No que se refere às críticas do deputado Luiz Couto ao que ele classifica de ‘imprensa partidária interessada em deturpar e corromper acontecimentos para fazer o “sangramento público” de Lula…, é importante que se leve em consideração que o PT e o Governo Lula, de 2003 para frente, conviveram muito bem com esse modelo de imprensa”, afirmou.