O secretário de Saúde de João Pessoa Adalberto Fulgêncio lamentou a publicidade da situação do Ortotrauma de Mangabeira e de suas irregularidades, que veio à tona no início desta semana, durante a fiscalização da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Uma das denúncias que mais chamou atenção de Fulgêncio foi a do paciente José Arlindo Ribeiro, que denunciou que médicos do Trauminha estariam prescrevendo receitas para pacientes internos comprarem medicação.
O secretário comentou em tom de ‘ameaça’ que o paciente deve formalizar a acusação, assim como sugeriu que qualquer cidadão que for atendido e não esteja satisfeito, procure a direção e/ou responsável antes de externar a situação para a imprensa.
Ao ser indagado sobre o vídeo em que um enfermo acusou profissionais do Trauminha de cobrar por serviços públicos, Adalberto comentou que irá investigar o caso e vai cobrar formalidade da queixa, caso ele não volte atrás. O secretário ainda não nega, nem admite que conhece o caso.
“Eu acredito nos médicos do Trauminha. Vou baixar memorando para que esse paciente, que teve coragem, porque ele foi corajoso, quero que ele coloque no papel. Ele será chamado. O paciente às vezes tá internado há um mês e entra em estado de stress. Quero que esta pessoa apresente pessoalmente e formalmente essas questões, ou ele abra a mão desse tipo de denúncia. Não vou dizer que acontece, nem acontece, vou mandar apurar, vou baixar memorando”, disse.
Diante a situação causada por este vídeo propagado, Adalberto sugeriu que qualquer denúncia a ser realizada, precisa passar pela equipe da unidade de saúde antes de ser divulgada para outras pessoas, destacando que é inadmissível o diretor não saber dos casos.
“Peço para qualquer paciente que entre em ambiente nosso que alguém cobre alguma coisa, precisa se dirigir a gente se estiver faltando alguma coisa. Isso não pode ficar sendo feito sem o conhecimento do diretor, do médico ou do secretário”, comentou.