Risco de reprodução da dengue é considerado baixo em João Pessoa

O último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz), apontou um índice de 0,8% em João Pessoa. Os dados mostram que, a cada 100 casas, apenas 0,8 apresentam risco de reprodução do mosquito transmissor da dengue. De acordo com o Ministério da Saúde, quando este número está abaixo de 1%, a localidade é considerada de baixo risco para infestação.

“Na região do Alto do Mateus e de Cruz das Armas, 71% dos focos foram encontrados em reservatórios de água para consumo, que não possuíam os cuidados preventivos necessários para evitar a proliferação do mosquito. Já na região da orla, o grande problema está nos descartáveis que são inutilizados de forma errada pela população”, enfatizou o gerente da Cvaz, Nilton Guedes.

Ainda de acordo com Nilton Guedes, o LIRAa serve para nortear as ações de prevenção para o trimestre. “Diante desses dados, vamos intensificar o controle químico em pontos estratégicos, principalmente nas localidades onde o índice está acima da média. Para evitar a eclosão de ovos e surgimento de novos criadouros, também iremos realizar ações educativas, nos domicílios”, explicou.

Em João Pessoa, alguns bairros ainda apresentam índices acima do ideal, como é o caso dos bairros Alto do Mateus e Jardim Veneza, com 2,1%; Cruz das Armas e Oitizeiro, com 1,7%; e Jardim Oceania, Manaíra e Tambaú com 1,4%.

Em continuidade aos trabalhos educativos e de conscientização, o Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses se coloca à disposição para realizar palestras em escolas, repartições públicas, instituições e empresas, por meio de agendamentos realizados através do disque dengue pelo número 3214-5718. Este número também pode ser utilizado pela população para denunciar possíveis focos do mosquito. “Mesmo que o risco de infestação seja considerado baixo, a população não pode deixar de cuidar do seu espaço”, enfatizou Nilton Guedes.

Dengue – Na capital, os casos de dengue diminuíram 57,63%, no acumulado de janeiro setembro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram confirmados 1.221 casos de dengue na Capital entre 1º de janeiro e 24 de setembro deste ano, enquanto que no ano passado foram registrados 2.882 casos da doença no mesmo período.

Ciclo de vida – O Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias, mas o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.