Ricardo pede maior esforço da população no combate ao mosquito da dengue

“A sociedade não deve apenas cobrar, ela precisa trabalhar junto com o governo para combater o zika vírus”. Este foi o apelo feito a população, pelo o governador Ricardo Coutinho (PSB), após reunião, na manhã de hoje (29),  por meio de videoconferência com a presidente Dilma Rousseff (PT); ministro da Saúde, Marcelo Castro; ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e outros quatro governadores para tratar de medidas para o enfrentamento do mosquito Aedes aegypti.

Quanto as ações que deverão ser desenvolvidas entre o Governo do Estado e o Governo Federal, Ricardo afirmou que a presidente Dilma se comprometeu com ações mais efetivas, como colocar as três forças armadas nas ruas do país e se comprometeu em enviar mais recursos para os estados.

“Serão mais de 300 mil homens, das três forças armadas do país, que farão uma mobilização junto com os municípios. A presidente se comprometeu em enviar mais recursos para os Estados. O Instituto Butantan, de São Paulo, também está desenvolvendo uma vacina. Pedimos também mais recursos a presidente para a ampliação do diagnóstico por imagem, para sem obter um diagnóstico mais preciso”, relatou.

Ricardo reafirmou que o Estado vem fazendo sua parte para combater o mosquito, que já colocou o Exército e o Corpo de Bombeiros nas ruas junto com os agentes de saúde para encontrar foco dos mosquitos. A Codata criou o aplicativo “Aedes na Mira” que já está sendo usado por mais sete Estados, e pediu o reforço da população para combater essa epidemia.

“A Paraíba é o primeiro estado do Brasil disparado na cobertura de imóveis, nós já atingimos a meta de 80% das residencias visitadas, dos mais de 829 mil domicílios, 656 mil já foram visitados. Já colocamos o exercito e corpo de bombeiros, e existem algumas coisas que são exclusivas da Paraíba como o nosso aplicativo criado pela Codata, o Aedes na Mira, onde já recebemos 431 denuncias. A Paraíba já compartilhou o aplicativo com sete outros estados. O Estado tem feito o máximo possível com grande mobilização das forças internas, mas nós não podemos ficar em casa deitados no sofá esperando que vá algum agente de saúde ou algum agente público resolver um problema que também é da população”, explicou.

O governador também afirmou que após análises dos casos de microcefalia, talvez os reais motivos não sejam apenas o zika vírus, já que dos 31 casos diagnosticados, apenas em dois se encontrou a presença do vírus. Salientou também que o Estado irá iniciar um estudo, junto com o Ministério da Saúde, para investigar mais profundamente a microcefalia.

“Nós já temos, proveniente da rede de cardiologia, um banco de dados enormes, desde 2012, com 107 mil cadastros de crianças que deverá ser um objeto de estudo entre o Ministério da Saúde e o Governo do Estado da Paraíba para que a gente possa analisar algumas coisas que ainda não sabemos. A única coisa que se colocou é que a microcefalia vem da zika, tem alguns elementos que nos levam a crer que não é apenas a zika. A Paraíba teve 709 notificações, 184 descartadas, 31 positivas para microcefalia, mas dentro destas 31 apenas duas nós encontramos a presença do zika vírus. Tivemos também 11 óbitos, dois fetais e nove infantis”, atestou.