Reitora da UFPB diz que grevista passou mal por dispensar atendimento médico

Domingo (28) foi o dia mais crítico da greve de fome feita pelos alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Um dos grevistas desmaiou devido a uma queda de pressão, causada pelo baixo nível de glicose.

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A reportagem do Paraíba Já tentou entrar em contato com os estudantes para obter informações sobre o estado de saúde do estudante, mas a pessoa responsável por manter contato com a imprensa encerrou a ligação após a repórter se identificar.

Diante disto, entramos em contato com a reitora da UFPB Margareth Diniz, que apesar dos estudantes reclamarem da falta de acessibilidade no contato com ela, nos atendeu e esclareceu sobre o ocorrido com o aluno.

Margareth afirmou que existe uma equipe de médicos e enfermeiros prestando atendimento diário aos estudantes, e que no domingo eles recusaram o atendimento, e que provavelmente esse tenha sido o motivo da queda de pressão. A equipe médica vinha administrando soro e verificando o estado de saúde de cada um.

Margareth garantiu que ainda nesta segunda-feira (29) terá uma reunião com os estudantes e irá discutir com eles cada ponto de sua pauta, e tentará encontrar uma solução.

Ela ainda afirmou que os estudantes não tentaram dialogar antes do protesto e que todos os alunos que se encaixam no perfil do auxílio-moradia são contemplados, e quem faz a seleção é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Penae).

“Todo o qualquer aluno que se encaixe no perfil é atendido, a não ser que ele não tenha entregado a documentação que é exigida pelo Penae. Não existe corte, quem tiver o perfil é contemplado. Alguns alunos estão reclamando que estão no perfil, mas não foram contemplados. Eu orientei que providenciasse o recurso para que eu mandasse fazer a análise”, relatou.

Margareth explicou que já encaminhou a respostas dos itens da pauta dos alunos, mas até o momento não foi procurada por nenhum deles.

“Nós já entregamos a eles a resposta dos 26 itens reivindicados. A pauta deles só foi entregue a nós apenas três dias depois que eles estavam lá. E não existiu a falta de diálogo. Eu estava viajando, mas todos da equipe da reitoria estavam aqui. Antes dos alunos entrarem em greve, não chegou nenhum pedido a reitoria para conversar comigo”, esclareceu.