Rede Record cita vice-prefeito de CG em reportagem especial sobre a Máfia da Turmalina Paraíba

O programa Repórter Record Investigação, da Rede Record, mostrou na madrugada desta terça-feira (27) uma reportagem especial sobre a Máfia da Turmalina Paraíba. A TV cumpriu a promessa de apresentar políticos e pessoas poderosas envolvidas no esquema milionário de extração ilegal da pedra, retirada de uma mineradora localizada no distrito de São José da Batalha, no município paraibano de Salgadinho.

Durante a exibição do programa, o vice-prefeito de Campina Grande-PB, Ronaldo Cunha Lima Filho, o Ronaldinho (PSDB), foi citado. A reportagem mostrou detalhes de uma gravação à qual o Ministério Público Federal teve aceso, com o conteúdo de uma conversa do político tucano com acusados de envolvimento com a organização criminosa.

De acordo com a gravação obtida pela Record, o vice-prefeito de Campina Grande comemora a descoberta de uma grande remessa de Turmalina Paraíba. “É algo impressionante! Estou levando um carro blindado para a segurança de todos nós”, diz Cunha Lima na gravação.

A Rede Record também ouviu a assessoria jurídica do vice-prefeito de Campina Grande, que negou envolvimento com a Máfia da Turmalina Paraíba. “Em nota, a defesa de Ronaldo Cunha Lima afirmou que não existe nenhum indício de que ele participou da exploração de turmalina, e afirma que Ronaldo atuava apenas como advogado de uma das empresas investigadas”.

Veja, no vídeo abaixo, trecho do programa que cita o vice-prefeito de Campina Grande.

Saiba mais

O esquema milionário de extração ilegal da Turmalina Paraíba tornou público no dia 27 de maio deste ano, com a divulgação de detalhes da operação ‘Sete Chaves’, realizada em conjunto pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. As investigações tiveram início em 2009

Segundo a PF, o esquema criminoso começava com a extração da pedra no distrito de São José da Batalha, em Salgadinho (PB). Uma empresa paraibana existente no local não possuía licença para extração da pedra, mas segundo as investigações, as pedras paraibanas eram extraídas pela empresa, ilegalmente, e enviadas para uma mina na cidade de Parelhas (RN), onde ganhavam certificados legais de exploração.

Do Rio Grande do Norte, as pedras seguiam para Governador Valadares (MG), para serem lapidadas. Lá, comerciantes enviavam as gemas para o exterior, em mercados na cidade de Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China e Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.