“Quem diz combater a corrupção, não possui moral para isso”, dispara Charliton

O presidente do PT da Paraíba, e pré-candidato de João Pessoa, Charliton Machado, durante entrevista concedida nesta sexta-feira, 11, destacou que é muito perigosa a tentativa de criminalização da política, “um desserviço para a sociedade”. “O que estamos enfrentando é uma disputa de classe. Quem diz combater a corrupção, não possui moral para isso. Muitos são responsáveis pelo histórico de corrupção que o Brasil possui. O que está acontecendo é um movimento articulado e contínuo para a efetivação do Golpe”.

Machado também acrescentou que a “bandeira contra a corrupção” é apenas para cobrir os verdadeiros motivos. “A direita não aceita ter perdido mais uma eleição, não aceita que um trabalhador governou este país. A raiva é maior pelas mudanças profundas que o PT trouxe para a população brasileira. São as cotas, foi a lei que igualou as domésticas aos demais trabalhadores, é o ProUni, o Mais Médicos. O PT está sendo questionado pelo o que fez de bom pelo povo e pelo país”

Ele ainda acrescentou que a democracia está refém de um modelo político que precisa mudar urgentemente. “Por isso que lutamos tanto por uma Reforma Política, e o PT precisa assumir também a sua culpa nisso, assim como não executamos a Reforma da Previdência e uma Reforma Agrária mais ousada”.

Sobre a mobilização de domingo, 13, Charliton considera que o ato é legítimo, pois a democracia permite, mas questiona os reais motivos, e entre eles o não espeito a decisão das urnas nas eleições de 2014. “Do nosso lado iremos seguir uma agenda pré-determinada. Teremos manifestações no dia 18 de março e também no dia 31, lembrando o início da ditadura militar no Brasil. Hoje não estamos vivendo um Golpe militar, ele é sutil, e conta com o apoio de outros segmentos”, alertou.

Questionado sobre o pedido de prisão do ex-presidente Lula pelo Ministério Público de São Paulo, o presidente estadual do PT colocou que entidades do meio jurídico já se colocaram contra o pedido, que é uma peça absurda e com erros básicos: “Respeito o Ministério Público, mas infelizmente alguns membros estão se colocando acima da justiça e dos fatos”.