PT denuncia ‘festival de contratações’ na PMJP e diz que transparência é “faz de conta”

Neste sábado, 16, uma informação divulgada pelo colunista Rubens Nóbrega colocou em contradição o discurso do prefeito Luciano Cartaxo sobre a redução de despesas na Prefeitura de João Pessoa. Enquanto em janeiro de 2016 foram anunciadas medidas para diminuir os gastos na gestão, entre 1º de fevereiro e 30 de abril foram contratados 3.457 novos prestadores de serviço, o que daria uma média de 38,4 novas contratações por dia.

O Professor Charliton Machado, pré-candidato do PT a prefeito de João Pessoa, viu com bastante preocupação os dados apresentados pelo colunista, e que estão disponíveis no site do Tribunal de Contas do Estado (TCE): “O que podemos constatar diante de uma atitude assim? Em um mês escutamos uma fala que dizia que a Prefeitura deveria diminuir seus gastos, e entre os cortes foi limitado o acesso do cidadão às secretarias por causa da redução do expediente, e no mês seguinte começa o festival de contratações”.

“Parece que mais uma vez a transparência do prefeito é apenas um faz de conta. Não sabemos de nenhuma grande ação da gestão que justifique a contratação de mais de três mil pessoas em 90 dias. A única novidade que temos é que estamos em um ano eleitoral, e com base nisso podemos tirar diversas conclusões. A contratação excessiva de temporários eleva o gasto com pessoal, enquanto isso os efetivos não tem reajuste. Atualmente, mais de 60% dos servidores da PMJP são comissionados ou temporários, o que é um percentual injustificável”, disse o professor.

Ainda sobre a falta de transparência da Prefeitura, o pré-candidato do PT acrescentou: “Se a gestão diz ser tão transparente, faço aqui um desafio, e esse desafio é o cumprimento da Lei Municipal de Acesso a Informação. Em qual local está disponível para a população o valor dos salários dos servidores, efetivos e prestadores de serviço, e a lotação deles na gestão? Quantos servidores trabalham no Gabinete do prefeito e o que fazem? Se a gestão precisa de tantos servidores, por qual motivo não fez um concurso público?”.