PT da PB define renúncia de Cunha como um ponto positivo para a democracia

O pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Charliton Machado comentou a renúncia do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de presidente na Câmara Federal dos Deputados. Ele acredita que esse é um momento importante para que o diálogo democrático volte a crescer e define Cunha como “sem escrúpulos”.

“Nesse momento é um passo fundamental para que a gente possa reconstruir o debate democrático que tinha se perdido definitivamente no Legislativo Federal. Sobre a figura dele, nós tínhamos uma figura truculenta comandando o Legislativo, uma figura sem escrúpulos e além de tudo, uma figura questionável do ponto de vista da legalidade de seu papel a frente da presidência da Câmara, pelos escândalos de corrupção que já foram mais que exaustivamente comprovados”, declarou.

O petista lembrou a participação de Cunha no processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT) e vê a importância da renúncia de Cunha para a história política e democrática do país, diante tanta perseguições às minorias da sociedade.

“Cunha, ele pediu para sair da presidência não só pelo golpe de Dilma, mas também pelo golpe contra vários movimentos sociais, contra as minorias , contra os negros, contra os homossexuais, foi uma figura que puxou pauta negativa contra os direitos dos trabalhadores como o da terceirização. Então, foi uma passagem para ser lembrada pelo fato que não possam repetir erros tão drásticos do ponto de vista histórico e político”, destacou.

De acordo com Charliton, a ação de Cunha pode ser uma manobra para que o deputado não tenha seu mandato cassado e continue no poder, mas acredita que essa última tentativa não será o suficiente, contando com a pressão popular para sua saída definitiva do meio político nacional.

“Ele renunciar a presidência, é uma tentativa última de tentar se manter enquanto mandato, mandato de deputado. Mas não acredito que isso seja mais suficiente, apesar de que, em sua maioria o Legislativo no mínimo um caráter duvidoso com a democracia, quem sabe não voltam atrás e acabem fazendo um grande cordão para manter Cunha como deputado federal, mas a pressão da sociedade é muito grande acredito que isso vá prevalecer”, expressou.