Protesto continua: Trecho da Epitácio Pessoa tem os dois sentidos interditados pelo MST

Um protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) bloqueia os dois sentidos da Avenida Epitácio Pessoa, nas imediações da sede do Ministério da Fazenda, na noite desta terça-feira (17). A decisão de interditar as duas vias foi tomada após os manifestantes serem notificados de uma reintegração de posse da sede do Ministério da Fazenda, pela Justiça, que havia sido ocupada desde o início da manhã de hoje. Equipe da Semob já está no local para ordenar o trânsito.

A interdição da Epitácio Pessoa acontece no sentido praia-centro.

Ocupação no Incra desde ontem

O MST ocupa desde esta segunda-feira (16) a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) da Paraíba. Essa é uma das ações programadas da Jornada Nacional de Lutas, que conta com, aproximadamente, 1000 famílias assentadas.

As mobilizações da Jornada de Lutas de Outubro estarão acontecendo em resposta aos constantes ataques à classe trabalhadora em nosso país desencadeado pelo golpe que desde 2016 vem aprofundandoa criminalização da luta pela terra e causando retrocessos para os trabalhadores rurais.

Entre as pautas principais da jornada, o MST denuncia as novas ofensivas contra reforma agrária, como a titulação dos assentamentos e a leio de grilagem, estratégias do governo federal para continuar promovendo a concentração fundiária e a estrangerização das terras em todo país.  Dentre as reivindicações, as mobilizações no estado, exige por parte do governo federal a recomposição do orçamento e das políticas para reforma agrária, chamando atenção para os cortes das políticas deinfraestrutura dos assentamentos, de créditos para a reforma agrária como o fomento mulher, para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e outros retrocessos que vem dificultando cada vez mais a vida a vida do trabalhador rural. Ocupar o INCRA torna-se uma necessidade dentro da conjuntura nacional, uma vez que o instituto vem se transformando em balcão para negociatas da lógica do governo Temer ao invés de ser um agente executor da reforma agrária.

Os trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra do Estado da Paraíba continuará ocupando o INCRA até que se tenha resposta por parte do governo federal para as denúncias e reivindicações.