Promessas não cumpridas: vereador diz que postura de Cartaxo é “detestável” em JP

Na tarde de ontem o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) declarou em entrevista que não tem condições de um prefeito reorganizar uma cidade do tamanho de João Pessoa em um mandato. Diante a afirmação, o vereador Raoni Mendes (DEM) rebateu os argumentos do prefeito e ainda pautou outras deficiências na gestão municipal na manhã desta quarta-feira (08) em entrevista ao Paraíba Já.

Para Raoni, qualquer promessa realizada durante campanha é necessário o cumprimento da mesma, e a não realização é um atestado de ineficiência da administração pública.

“A postura de alguns políticos é causa do senso comum a respeito daqueles que se envolvem com política. Ouvir o prefeito de João Pessoa dizer que é impossível cumprir todas as promessas é, para mim, além do tipo de postura detestável, um atestado da própria incompetência e do descompromisso com os pessoenses. Ora, ninguém é obrigado a prometer nada, mas prometendo, deve cumprir!”, comentou.

Raoni aproveitou para criticar Cartaxo afirmando que quando se promete algo em campanha eleitoral, é necessário o cumprimento, porque ao contrário seria compromisso adiado e/ou não desfeito, assim sendo, enganando aos eleitores que acreditaram e votaram em um político que apenas promete.

“Acredito que a grande diferença está na maneira como se encara o dito na campanha. O que Cartaxo adjetiva como promessa, eu considero compromisso. E compromissos são para serem cumpridos e não adiados, desfeitos ou desprestigiados”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, seu mandato elaborou um Projeto de Lei (PL) na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) onde recomenda que após 90 dias de empossado o prefeito encaminhasse um Plano de Gestão para a Câmara, evitando assim que o chefe do executivo municipal permanecesse sem compromisso determinante e objetivo com a sociedade. Inclusive ele citou que o seu mandato cumpriu um Plano de Metas que foi promessa de campanha em 2012, e comemorou alegando que foi o primeiro vereador brasileiro a realizar o feitio.

“Foi pensando nesse tipo de estelionato, o eleitoral, onde o candidato promete muito, mas se dá o direito de não cumprir, que sugeri uma Lei que determina o envio, à Câmara Municipal, do Plano de Metas da Gestão, em até 90 dias após a posse do prefeito. Trata-se das metas do Executivo para seu mandato, de 04 anos. Porém, isso não inibiu a confissão de lerdeza, proferida pelo próprio prefeito. Para dar exemplo, elaboramos um Plano de Metas do Mandato de Vereador e em apenas 18 meses cumpri todos os compromissos que assumi na campanha de 2012. Foi o primeiro Plano de Metas de um mandato parlamentar, no Brasil”, explicou.