PRF abre sindicância e agente preso em fraude pode ser expulso

A Assessoria de Comunicação da Polícia Federal da Paraíba, informou que o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), preso na última terça-feira (16), apontado pela Polícia Civil, como um dos comandantes da quadrilha suspeita de fraudar concurso público, poderá ser expulso do órgão.

De acordo com a nota encaminhada pela assessoria, a PRF informou foi aberta uma sindicância investigativa para averiguar a participação do agente na fraude.
A sindicância pode levar a um processo administrativo disciplinar e culminar, até mesmo, na expulsão do agente.

Para a PRF é de total interesse da instituição elucidar o caso por não tolerar qualquer desvio de conduta de seus membros.

Parentes beneficiados

Além do concurso de 2006 da PRF, o suspeito também foi aprovado para escrivão da Polícia Civil (2003), para técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Alagoas (2013) e para analista judiciário do TRT de São Paulo (2016). Porém, a Polícia Civil ainda vai investigar se ele conseguiu os cargos de forma fraudulenta.

De acordo com o deletado da Polícia Civil, Lucas Sá, o policial rodoviário é apontado como um dos cabeças do esquema fraudulento e ficaria com 25% do que fosse arrecadado.

O irmão dele foi preso na primeira fase da Operação Gabarito.

Segundo as investigações, ele conseguiu fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e aprovar a filha em primeiro lugar para o curso de medicina. Com a nota, a parente foi beneficiada com uma bolsa integral custeada pelo programa Prouni.

Além dela, conforme a polícia, o PRF teria conseguido a aprovação de outras pessoas próximas em diversos cargos públicos, alguns deles, importantes. A esposa do acusado também seria suspeita de ter se beneficiado do esquema após ter sido aprovada em um dos concursos. O nome dela, nem o concurso foi divulgado.