Polícia prende quatro pessoas envolvidas em quadrilha de roubo de carros

A Polícia Civil da Paraíba, por meio de um trabalho investigativo realizado pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFVC) da Capital, desencadeou uma operação durante o fim de semana, que  desarticulou uma quadrilha que roubava carros e clonava placas e documentação  em João Pessoa e em outros estados do Nordeste, como o Rio Grande do Norte (RN) e Pernambuco. Quatro pessoas foram presas, inclusive um professor de Geografia da rede estadual de ensino.

De acordo com o delegado Nélio Carneiro, mais de 20 pessoas foram vítimas da quadrilha. “Certamente mais pessoas foram enganadas. Porém, nas investigações, conseguimos identificar alguns compradores que sabiam da procedência criminosa dos carros e mesmo assim adquiriram.  O grupo era chefiado por Ricardo de Barros Alexandre, de 37 anos. Os outros presos eram tidos como corretores, responsáveis pela negociação dos carros: Juraci Alves da Silva, de 49 anos; João Amaro da Silva e Robson Oliveira, de 39 anos”, disse a autoridade policial.

Foram apreendidos 11 veículos durante a ação policial, que foi realizada em João Pessoa e Cabedelo.  Ricardo de Barros é professor de geografia e, no momento da prisão, ele estava com um dos carros roubados. Ele foi localizado na escola em que lecionava aulas, no bairro Alto do Mateus, na Capital.

Ainda segundo as informações repassadas por Nélio Carneiro, o professor era o responsável por levantar dados de veículos do mesmo modelo dos que eram roubados para pegar as placas e clonar. A operação policial foi realizada também na casa do suspeito. Lá os policiais encontraram carimbos, placas, selos e documentos que eram usados para deixar os veículos roubados nos estados vizinhos com informações legalizadas. “O grupo clonava os veículos roubados e os anúncios para a venda eram feitos em sites na internet. Eles diziam que os carros eram financiados, que estavam com as parcelas atrasadas e informavam que o comprador não iria mais precisar pagar as mensalidades restantes, vendendo por preços baixos” relatou Nélio Carneiro.

Os presos vão responder por roubo, falsificação de documentos e organização criminosa. Eles serão encaminhados para audiência de custódia e ficarão à disposição das decisões judiciais.