PMJP admite que deixou de abrir centro de hemodiálise e equipamentos seguem ‘encalhados’

O secretário de Saúde de João Pessoa Adalberto Fulgêncio rebateu as declarações do deputado federal, Wilson Filho (PTB) de que o recurso disponibilizado por ele, no valor de R$ 2 milhões destinados para a compra de um tomógrafo, teria sido usado para outra finalidade e que o contrato do setor de hemodiálise do Hospital Santa Isabel foi perdido por falta de planejamento.

O secretário entrou em contato durante um programa de rádio local para esclarecer dúvidas a respeito da destinação da verba e pedir para que o deputado o informasse o valor da emenda e a conta.

No diálogo, Adalberto explicou para os radialistas e para Wilson Filho que o setor de hemodiálise do Hospital Santa Isabel não perdeu nenhum prazo, mas confessou que houve problemas no projeto e que o serviço é oferecido por uma empresa privada, que está sempre disponível para atender a população.

“ A hemodiálise não tem nada de perda de nenhum documentos, de nenhum recurso, muito pelo contrário, até porque a hemodiálise foi um projeto da gestão anterior, nós pagamos a últimas parcela, é bem verdade que esse projeto teve um problema de planejamento, porque hoje nós não temos demanda reprimida de hemodiálise, nós temos uma rede contratada aqui em João Pessoa na rede privada, filantrópica que oferece também esse serviço e qualquer pessoa que precise hoje desse serviço nós temos à disposição, temos inclusive débito financeiro para este serviço”, explicou.

De acordo com o secretário, o setor de hemodiálise do Hospital Santa Isabel está sendo concluído, restando apenas a parte imobiliária do local e afirmou que a demanda fará o serviço ser iniciado, lembrando que existe um hospital em João Pessoa para atender os usuários do serviço.

“O serviço está montado, a questão do imobiliário também está sendo comprado e há também uma licitação que chamamos de extremamente público para que os interessados possam fazer funcionar esse serviço. Qualquer pessoa que precise usar o serviço de hemodiálise em João Pessoa, nós temos oferta suficiente”, lembrou.

Sobre a verba no valor de R$ 1 milhão pedida ao Ministério da Saúde pelo deputado Wilson Filho, o secretário explicou que o Ministério não disponibilizou o valor pedido

“Ele solicitou ao Ministério da Saúde uma emenda para João Pessoa de 1 milhão e 700 mil reais, o Ministério disponibilizou 1 milhão. Ele pediu 1 milhão e 700 e o Ministério disse ‘secretário, você tem 1 milhão, faça o projeto’ e nós fizemos o projeto, . Se o Ministério disse que só ia dar 1 milhão, íamos fazer o quê? 1 milhão e 700 nunca existiu, fizemos o projeto com 1 milhão que foi a lavanderia do Instituto Cândida Vargas”, esclareceu.

Ele agradeceu em nome do prefeito Luciano Cartaxo, da Secretária Municipal de Saúde e do Hospital Cândida Vargas pela emenda do deputado Wilson Filho e informou que o chamará para a inauguração da lavanderia.

“Quero agradecer ao deputado, mas não foi 1 milhão e 700, talvez a assessoria dele tenha que entender essa questão parlamentar. Ele pediu 1 milhão e 700 e o Ministério da Saúde disponibilizou 1 milhão, fizemos um projeto para 1 milhão porque se fizesse para 1 milhão e 700, a prefeitura teria que colocar 700 mil, não, agora ficou custo zero para a prefeitura. O prefeito Cartaxo, a Secretaria de Saúde e o pessoal do Cândida Vargas agradece ao deputado, quando o projeto for aprovado, for liberado o recursos, vamos fazer a licitação e a gente vai convidar o deputado Wilson Filho para a inauguração”, informou.

Adalberto comentou a gestão do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) elogiando sua forma de administrar a cidade.

“Uma das características desse governo, da gestão do prefeito Cartaxo é porque ele é generoso, ele não acha que sozinho faz tudo, ele não acha que não precisa de deputados, senadores, secretários, das pessoas, dos usuários, dos conselhos. O prefeito cartaxo é generoso, ele não acha que sozinho manda na cidade, as vezes acha que é o todo poderoso, não, o prefeito Cartaxo está fazendo um trabalho que além de serviço e de obra, ele tem valores e um desses valores é a generosidade e reconhecer que desse um milhão, está feito o projeto, foi liberado, só resta agora o Ministério liberar o recurso, para a gente licitar e quando terminar a gente chama o deputado Wilson Filho para agradecer, agradecendo já antecipadamente”, declarou.

Ao concluir, Adalberto deixou claro que não precisam de um tomógrafo e que a emenda não pode ser direcionada, apenas é feito pedido do valor desejado para aplicar em determinado setor, sem especificação de objetos.

“Não, nós não precisamos mais de um tomógrafo. A emenda, ela não pode ser direcionada, a emenda você só coloca o valor ‘1 milhão e 700’ para aquisição de equipamentos, infraestrutura, no caso foi para a Capital, para custeio, no caso reforma. Os tomógrafos estão funcionando plenamente”, concluiu.