PF não descarta que desvio pode ser maior do que R$ 6,4 milhões

A Polícia Federal (PF) não descarta que o prejuízo causado aos cofres públicos com a obra do Parque da Lagoa seja maior do que os R$ 6,4 milhões apontados no laudo técnico da instituição.

Segundo o delegado da PF, responsável pelos inquéritos, José Juvêncio, a equipe está realizando a análise do material apreendido durante a operação Irerês, realizada no último dia 2 de junho deste ano.

“Estamos aguardando a conclusão da análise deste material. Temos que ver com a perícia se tem alguma coisa a mais que isso”, disse em entrevista ao portal ClickPB.

A Operação Irerês tem o objetivo de investigar irregularidades na licitação da obra da Lagoa, no que diz respeito ao repasse do Ministério das Cidades para a gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD).

Ao todo, foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão na Capital, sendo um na sede da empresa que fez a obra da Lagoa e outro na residência do diretor da empresa, localizada no bairro de Manaíra.

A Justiça Federal tornou os bens da empresa indisponíveis e proibiu novos pagamentos da Prefeitura de João Pessoa para o contrato de repasse da obra da Lagoa.

Irerê

O nome da operação é uma alusão ao Irerê, espécie de marreco que era abundante nas águas da lagoa. Tanto que, até o início do século XX, antes da urbanização do parque, o local era conhecido como “Lagoa dos Irerês”. Ainda de acordo com nota enviada pela PF, o processo corre em segredo de justiça.

Investigação

A Polícia Federal tem três inquéritos abertos para investigar possíveis irregularidades na obra do Parque da Lagoa.

De acordo com documento protocolado no Ministério Público Federal (MPF), as investigações são por conta da construção do Túnel, desassoreamento do local e construção do muro de contenção da Lagoa.