Petista lamenta postura da PMJP e critica:”não profissionalizam o Carnaval”

O presidente do PT da Paraíba e pré-candidato a prefeito de João Pessoa, Charlinton Machado, criticou a postura da gestão municipal na organização da folia carnavalesca de 2016 e a atitude do prefeito Luciano Cartaxo, que retaliou publicamente as orquestras de frevo que fizeram protesto no Carnaval e ameaçou cobrar de volta verba destinada a elas.

“Além de não profissionalizar o Carnaval e não cuidar para que nós tivéssemos um Carnaval levando em consideração a cultura do povo, o prefeito usa a prestação de contas como elemento de cobrança política, o que é lamentável. Prestação de contas de dinheiro público todo mundo tem que fazer independente de protestar ou não”, enfatizou Charlinton.

“Mesmo o prefeito tendo apoiado os blocos de forma inexpressiva, ter dado recursos praticamente no dia do Carnaval, o que impossibilitou inclusive os blocos a fazerem os gastos devidos com o pouco recurso investido, ele ainda faz essa fala pública, alegando que irá cobrar prestação de contas porque as pessoas protestaram e isso é um absurdo. É muito grave você escolher quem vai prestar contar por ter feito protesto”, reforçou Charlinton.

O presidente do PT paraibano ainda disse que acompanhou todo o processo de perto e pode ver as dificuldades enfrentadas pelas agremiações de frevo e outros grupos que fazem a cultura popular no carnaval de João Pessoa.

“A liberação do dinheiro pela prefeitura dois dias antes do desfile impossibilitou e inviabilizou o planejamento e a organização das escolas. Eu estive lá e acompanhei de perto as dificuldades. O poder público abandonou o carnaval a muitos anos mas nessa gestão foi exemplar o abandono do carnaval tradição da cidade”,

O presidente da Liga das Orquestra de Frevo, Luziberto Costa já havia se manifestado sobre as declarações de Cartaxo em entrevista ao Paraíba Já, em que afirmou que utilização dos recursos para o Carnaval foi feita dentro da legalidade, conforme as normas estabelecidas pelo edital lançado pela prefeitura, e que atitude do prefeito era “desespero”.

Charlinton reafirmou a importância da defesa ao direito a livre manifestação dos grupos tradicionais de cultura.“É próprio das manifestações populares, elas divergirem e contestarem quando elas são atingidas na sua origem e na sua organização popular, qualquer governo enfrenta esse debate quando há uma restrição, pois o governo tem dinheiro para comunicação mas não tem para o carnaval de rua”, defendeu ele.