Petista diz que promessas de Cartaxo nunca saíram do papel e cita o Hospital da Mulher

Retrocesso. Essa é a avaliação da atual gestão da Prefeitura da cidade de João Pessoa na ótica do presidente estadual do PT e pré-candidato do partido a prefeito a Capital, Charliton Machado. Em entrevista ao Paraíba Já, o petista elencou motivos negativos para reprovar a atuação do prefeito Luciano Cartaxo (PSD).

Charliton foi incisivo ao analisar as ações da gestão de Cartaxo e criticou segmentos como saúde, educação e turismo. “João Pessoa perdeu na qualidade, no foco e no projeto. Nós tínhamos um projeto em 2012 e se você pegar o nosso programa, vitorioso com mais de 60%, tínhamos diversas discussões, que eram acúmulos históricos de uma mudança que já vinha se processando em João Pessoa, nas divergências, nos conflitos. Desde o fim do governo Cícero Lucena, nas divergências políticas nós tínhamos apontado para mudanças na cidade, nós tínhamos sempre um programa que dizia que deveríamos defender o direito a cidade, o conceito central do nosso programa”, explicou.

“Queríamos discutir, na saúde, por exemplo, o Hospital da Mmulher. Nós queríamos ter uma saúde com mais controle social, os recursos mais fiscalizados, com mais atenção básica, com mais presença do município, com mais participação coletiva, nada disso foi feito. O governo se colocou muito mais para inaugurar ar condicionado, pintar porta, e achar que isso é dar respostas estruturais para educação”, acrescentou

O presidente do PT ainda criticou a gestão do prefeito do prefeito Luciano Cartaxo em outras áreas. “Nós tínhamos índices muito baixos da matemática, de uma política de formação continuada do município, do plano de cargo e carreira dos professores, que fizeram uma greve imensa e não tiveram seus direitos atendidos, do ponto de vista da cultura, nós tivemos um empobrecimento. Turismo sustentável, nós também não temos, a política de mobilidade é um desastre. O BRT nós perdemos, foi um governo que olhou pra trás, e não 200 anos pra frente, como era o nosso desejo”, sentenciou Charliton.