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Prefeitura de Santa Rita revitaliza Praça do Chafariz, em Tibiri II

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A Praça do Chafariz, em Tibiri II, está passando por um grandioso processo de revitalização, com o intuito de promover a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos, por meio do lazer e recreação. As obras no local já estão em pleno vapor, e em breve a população poderá usufruir desse espaço.

A tradicional Praça Prefeito João Crisóstomo, conhecida como Praça do Chafariz, está recebendo investimentos em torno de R$ 1,4 milhão. Assim como já vem acontecendo em outras grandes praças da cidade, vistas como importantes pontos para convivência e socialização da população.

O ambiente será totalmente restaurado pela atual gestão, com projeto paisagístico inovador de embelezamento do local, como também da substituição do piso, inserção de pista de cooper, academia ao ar livre, playground para crianças, parada de ônibus, nova iluminação em LED. Na praça, ainda haverá piso acessível, rampas de acessibilidade, além da inserção de toda estrutura de proteção em alambrado para as duas quadras já existentes no local, assim como a revitalização da pista de skate e outros.

“O foco da nossa gestão, é devolver à população um espaço digno para convivência, além da prática esportiva, e de atividades de recreação e lazer. Esse é um pedido antigo da população, que agora se tornará realidade”, destacou o Prefeito Emerson Panta.

Professor da USP pede expulsão de Queiroga da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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O professor de Medicina da Universidade de São Paulo, Bruno Caramelli, doutor em Cardiologia, cobrou à Sociedade Brasileira de Cardiologia a expulsão do ministro paraibano Marcelo Queiroga dos quadros da SBC. Publicação viralizou no Twitter nesta segunda-feira (27).

“Marcelo Queiroga precisa ser expulso da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O presidente do Conselho Federal de Medicina não fará nada, mas a cardiologia brasileira deve agir!”, afirmou Caramelli.

Docente apontou ainda em sua publicação o item 3.3 do regimento da SBC que versa sobre expulsão de membros.

Entre os itens estão: “praticar, com culpa ou dolo, qualquer ato contrário aos interesses e à consecução do objeto social da SBC” e “cometer infrações éticas graves, assim julgadas previamente pelo órgão competente do Conselho Regional ou Federal de Medicina”.

João Pessoa é destaque na Globo News por exigência do passaporte da vacina

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A cidade de João Pessoa foi destaque em rede nacional, na Globo News, pela exigência do passaporte da vacina contra a Covid-19 em estabelecimentos.

Na segunda-feira (27), a jornalista Eliane Cantanhêde, que também é colunista do Estadão, comentou sobre seu Natal na capital paraibana e elogiou a cobrança do documento em locais públicos.

“Em João Pessoa, por exemplo, todos os restaurantes que eu fui, exatamente todos, exigiram o comprovante de vacinação”, afirmou a jornalista. Ela ainda revelou que a sua filha veio à capital paraibana para passar um dia e meio, e esqueceu o comprovante, tendo que ligar para Brasília para solicitar uma foto do documento.

A jornalista Eliane Cantanhêde ainda destacou o cancelamento do Réveillon em João Pessoa, adotado pelo prefeito Cícero Lucena (Progressistas) para evitar aglomerações devido à variante ômicron. A festa na orla iria reunir cerca de 200 mil pessoas.

Ontem (27), a exigência do passaporte passou a ser obrigatória também em shoppings e salões de beleza em todo o Estado.

Assista:

Procurador esclarece que lei aprovada na AL não retirou direitos dos militares na PB

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O lei estadual que dispõe sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares, aprovada na semana passada pela Assembleia Legislativa, não retira qualquer direito dos militares, conforme esclareceu o procurador geral do Estado, Fábio Andrade, em vídeo, explicando que a Paraíba seguiu à risca, ipsis litteris, a lei federal 13.954/2019, que também proíbe o Estado legislar de maneira diferente ao que nela está estabelecido. Ele ainda informou que o governador João Azevêdo se reunirá com as entidades representativas dos militares no dia 4 de janeiro para discutir a questão do reajuste salarial.

Fábio Andrade explicou que a lei federal 13.954/2019 alterou a sistemática antes executada na Paraíba de o militar, ao se aposentar – ir para a reserva –, receber o provento da patente posterior. Como exemplo citou o caso de um capitão que, ao entrar na reserva, passava a receber o provento de major.

“Quem modificou esse sistema de aposentadoria foi a lei 13.954, enviada pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019 e aprovada no Congresso Nacional, que em seu artigo 25 diz que o militar se aposenta, ou seja, o militar vai para reserva com os proventos que ganha no posto da ativa que ocupa, ou seja, um capitão se aposenta com os proventos de capitão; se é tenente-coronel, se aposenta com o proventos de tenente coronel e assim sucessivamente com todas as patentes”, esclareceu.

Fábio Andrade ressaltou ainda que o artigo 25 da lei 13.954 também diz textualmente que a lei estadual não pode contrariar a lei federal e nem pode estabelecer direitos diferentes dos que estão estabelecidos nessa lei. “Ou seja, não foi a lei estadual que acabou com essa sistemática. Foi a lei federal que, além de mudar a sistemática, proibiu que o Estado legislasse de maneira diferente. Esse é um ponto pra deixar claro para categoria”, pontuou.

Com relação à remuneração dos militares, o procurador geral do Estado disse que a questão será tratada pessoalmente pelo governador João Azevêdo com a categoria sem qualquer interferência política, em reunião que deverá ocorrer no dia 4 de janeiro. Além do reajuste salarial para 2022, na ocasião também será discutida a questão da remuneração por subsídio que não ocorre hoje na Paraíba. “Remuneração subsídio, bolsa desempenho, tudo isso o Governador discutirá com a categoria e encaminhará os projetos de leis necessários para Assembleia Legislativa, em janeiro de 2022”, concluiu.

Assista

Passageiros de ônibus da Grande JP terão desconto de 50% na 2ª passagem

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Uma medida provisória (MP), assinada pelo governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), cria e regulamenta o Sistema de Integração de Passageiros no serviço regular intermunicipal urbano, na Região Metropolitana de João Pessoa, que terá desconto de até 50% e abrangerá a movimentação de passageiros entre a Capital e os municípios de Cabedelo, Santa Rita, Bayeux e Conde.

O sistema consistente em um benefício tarifário, custeado pelo Governo do Estado da Paraíba, e posto à disposição na utilização do transporte público intermunicipal, por ônibus, da região metropolitana de João Pessoa, para o usuário que, após realizar a primeira viagem, desde que utilize o cartão de bilhetagem eletrônica, realize o transbordo e acesse ao seu destino, pagando 50% (cinquenta por cento) do valor da tarifa na segunda
utilização, dentro de um período pré-determinado.

De acordo com o texto, é assegurado, no âmbito do Sistema de Integração de Passageiros, o desconto, exclusivamente na segunda viagem, correspondente ao percentual de 25% do valor da tarifa do transporte público, desconto este proporcionado ao usuário pelo Governo do Estado da Paraíba.

O desconto derivado do Sistema de Integração de Passageiros é aplicado apenas na segunda passagem utilizada pelo usuário, de modo que o Governo do Estado da
Paraíba custeará 25% do valor da tarifa e os outros 75% serão custeados, na proporção de 50% pelo passageiro e 25% pelas empresas, totalizando o valor integral da tarifa respectiva.

As despesas decorrentes da MP correrão por conta de dotação orçamentária própria do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba (DER-PB), que também procederá com o levantamento da quantidade de passageiros integrados mensalmente para repassar às empresa concessionárias responsáveis pela prestação de serviços.

Governo da PB decreta situação de emergência em 46 cidades devido à estiagem

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O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) decretou, por 180 dias, em publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (28), situação anormal caracterizada como situação de emergência em 46 municípios afetados pela estiagem.

De acordo com o texto, o comprometimento da normalidade em diversos municípios do
Estado causado pela falta de água, já que as chuvas não foram suficientes para recarga dos mananciais, caracteriza um desastre que vem exigir a ação do Poder Público estadual.

A situação de anormalidade é válida apenas para as áreas dos municípios, comprovadamente afetados pelo desastre, conforme prova documental estabelecida pelo formulário de Informação de desastre (FIDE), e pelo croqui das áreas afetadas, por município que será apresentado oportunamente.

Com o decreto, fica o Poder Executivo Estadual autorizado a abrir Crédito Extraordinário
para fazer face à situação existente.

Confira os municípios:

1 AGUIAR
2 ALAGOA NOVA
3 ALAGOA GRANDE
4 ALAGOINHA
5 AMPARO
6 ARAÇAGÍ
7 AREIA DE BARAÚNAS
8 BELÉM
9 BOM JESUS
10 BOQUEIRÃO
11 BORBOREMA
12 BREJO DO CRUZ
13 CAIÇARA
14 CALDAS BRANDÃO
15 CATINGUEIRA
16 CUITEGÍ
17 DUAS ESTRADAS
18 GUARABIRA
19 GURINHÉM
20 IBIÁRA
21 IGARACY
22 ITATUBA
23 ITAPORANGA
24 JUAREZ TÁVORA
25 LAGOA DE DENTRO
26 LOGRADOURO
27 MALTA
28 MONTEIRO
29 OURO VELHO
30 PAULISTA
31 PILAR
32 PILÕES
33 PILÕEZINHOS
34 PIRPÍRITUBA
35 PRATA
36 RIACHÃO DO BACAMARTE
37 SANTA INÊS
38 SANTANA DE MANGUEIRA
39 SÃO JOSÉ DOS RAMOS
40 SERRA DA RAÍZ
41 SERRA GRANE
42 SERRA REDONDA
43 SERTÃOZINHO
44 SOBRADO
45 SUMÉ
46 VISTA SERRANA

Ministério da Saúde diz que vacinação de crianças pode começar em janeiro

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O Ministério da Saúde afirmou nesta segunda-feira que a vacinação contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos pode começar em janeiro. Em nota, agora, a pasta diz que é a favor da inclusão de pessoas desta faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) e formalizará decisão no dia 5 de janeiro.

No dia 19 de dezembro, a secretária de enfrentamento ao Covid, Rosana Leite Melo, enviou uma nota técnica ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual afirmou que a vacina é segura para essa faixa etária. A medida contraria a posição do presidente Jair Bolsonaro, que tem se colocado contra a vacinação de crianças. Nesta segunda, Bolsonaro afirmou que sua filha Laura não será vacinada. O próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, hesitou sobre o tema nas últimas semanas e afirmou que se tratava de questão que não demandava urgência.

“A recomendação do Ministério da Saúde é pela inclusão das crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra um Covid-19 (PNO), conforme posicionamento oficial da pasta declarado em consulta pública no dia 23 de dezembro e reforçado pelo ministro da Saúde em manifestações públicas”, diz a nota da pasta, acrescentando:

“No dia 5 de janeiro, depois de ouvir a sociedade, a pasta formalizou sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização de faixa deve começar ainda em janeiro.”

Neste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. Desde então, o governo se manifestou contra a imunização para essa faixa. Bolsonaro chegou inclusive a afirmar que divulgou o nome de servidores da Anvisa que participou da aprovação imunizante para crianças.

Após a questão ser levada ao STF e diante do impasse, Queiroga decidiu submeter o tema à consulta pública. O procedimento de consulta foi aberto no dia 22 e disponível para contribuições da sociedade até o dia 2 de janeiro. Em entrevistas, Queiroga chegou a afirmar que o tema não exigia urgência uma vez que o número de óbitos por Covid-19 nesta faixa era idade abaixo.

Levantamento mostrou que a doença matou uma criança a cada dois dias no país. Até a semana passada, 301 óbitos foram registrados na faixa desde o início da pandemia.

Nesta segunda-feira, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou uma nota defendendo a vacinação de crianças contra Covid-19. A entidade argumentou que a necessidade de vacinação de um público não dá apenas pelo número de óbitos provocados pela doença.

“Por exemplo gripe, diarreia por rotavírus, varicela, hepatite A, entre outras doenças, fez menos vítimas do que a Covid-19 em pediatria. E não hesita em recomendar a imunização contra todas elas. Vacina-se para prevenir internações, sequelas, uso de antibióticos, visitas aos serviços de saúde, ocupação de leitos em UTI, entre outros”, diz o comunicado.

A AMB destaca ainda que a decisão da Anvisa de liberar a vacinação desta faixa etária ocorreu somente após ” rigorosos estudos clínicos, tendo como voluntários milhares de indivíduos, com o objetivo de garantir a segurança e eficácia”. A associação ressalta a importância da vacinação para reduzir a transmissão da doença e pedem que os pais vacinem seus filhos.

“Infelizmente já registra cerca de 300 óbitos na faixa etária de 5 e 11 anos desde o início da pandemia: média de 150 ao ano. Novas mortes são absolutamente evitáveis e temos obrigação de trabalhar nesse sentido”, diz a nota.

Do O Globo

Covid: SES distribui 97 mil doses de vacina para garantir ‘Dia D’ na Paraíba

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Nesta quarta-feira (29), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) promove o quinto Dia D de Vacinação de 2021 contra a Covid-19. Somando os quatro primeiros, foram aplicadas 252 mil doses de vacina. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19 na Paraíba. Nesta segunda-feira (27), a SES distribuiu para os municípios, 97.521 doses para o reforço da atividade. Desse total, 92.220 são de Pfizer/Comirnaty e 5.301 da Butantan/Sinovac.

Este será o último “Dia D” do ano e o segundo do mês de dezembro. “Realizamos um Dia D na semana do Natal e, agora, faremos esse outro, antes do réveillon. São excelentes oportunidades para imunizar a população, pois acontece no momento em que as pessoas costumam viajar e estarem reunidas com familiares e amigos, o que também caracteriza pequenas aglomerações”, disse o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros.

Para o Dia D, a SES recomenda que os municípios mantenham as salas de vacinação abertas, mesmo nos períodos festivos, para manter a oferta e acesso aos imunizantes, uma vez que todo o estado se encontra devidamente abastecido. É importante reforçar que a vacina, juntamente com as medidas não farmacológicas já conhecidas, é eficaz na prevenção da Covid-19. “É essencial que as pessoas continuem se cuidando, usando máscara, higienizando as mãos e mantendo o distanciamento social”, pontuou o secretário.

A vacinação contra a Covid-19 foi iniciada em 19 de janeiro de 2021, com doses recebidas até o momento, que somam um total de 7.219.175 doses recebidas no estado até o último domingo (26).

Prefeitura de João Pessoa publica lista com 86 novos nomeados em concurso

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A Prefeitura de João Pessoa publicou, no Semanário Oficial desta segunda-feira (27), a lista dos 86 novos nomeados em concursos públicos realizados pela instituição. Ao todo, foram convocados 6 agentes de controle urbano, 21 assistentes administrativos, 10 engenheiros e 49 profissionais de diversas especialidades da área da saúde. A lista completa com os nomes pode ser conferida no endereço: http://antigo.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-content/uploads/2021/12/2021_Edi%C3%A7%C3%A3o_Especial_27-12.pdf

Os novos profissionais devem se apresentar para posse nos referidos cargos em até 30 dias, contados a partir da publicação. Eles deverão se apresentar na Divisão de Posse (Dipoc) da Secretaria de Administração, que fica no Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria, para serem empossados em seus cargos.

Antes de tomarem posse na Dipoc, os novos servidores da administração pública municipal devem se apresentar na Junta Médica, para realização do exame admissional. Para ir à Junta, é necessário primeiro realizar o agendamento prévio, das 8h às 12h, através do telefone (83) 3222-6627. A Junta Médica fica localizada na Rua Francisca Moura, 395, no Centro. Lá, o nomeado deve apresentar os resultados dos exames relacionados no Edital de Convocação, tais como hemograma, glicemia e avaliação cardiológica, entre outros.

Documentação – Em seguida, os nomeados devem se deslocar à Dipoc de posse do exame médico pré-admissional fornecido pela Junta Médica para investidura no cargo, nos horários de 8h às 12h e de 13h às 17h, devendo apresentar também original e cópia dos seguintes documentos: RG, CPF, título de eleitor com comprovante de votação da última eleição, documento militar (para o sexo masculino), carteira do PIS ou Pasep, carteira de trabalho, comprovante de residência, diploma, registro no Conselho de Classe, entre outros documentos relacionados no Edital de Convocação.

Veja como identificar se seus dispositivos eletrônicos estão te espionando

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Maria diz que cresceu em uma família católica e “amorosa” na costa leste dos Estados Unidos, que fazia grandes jantares de domingo. Os pais dela tinham um bom casamento e ela queria esse tipo de respeito e proximidade em seu próprio relacionamento.

Quando ela conheceu o marido com vinte e poucos anos, foi amor à primeira vista.

Mas o romance azedou rapidamente, transformando-se em uma história de 25 anos de abuso e controle.

Primeiro, foi o xingamento. Então, o controle total de suas finanças, seus movimentos e, eventualmente, sobre seus três filhos.

O marido se opôs à ideia de ela ter um emprego onde pudesse interagir com outras pessoas e a proibiu de usar o computador.

“Ele me chamava de gorda todos os dias e me expulsava de casa quando estava com raiva”, lembra ela.

Eventualmente, o abuso financeiro aumentou. Primeiro, ele tomava o salário que ela recebia pelo trabalho como faxineira, depois, solicitou cartões de crédito em nome de Maria usando os documentos pessoais dela.

Seis anos atrás, Maria finalmente desabou quando o ouviu dizer que a queria morta. Com a ajuda da igreja que ela frequentava e da família, ela formulou lentamente um plano de fuga.

Depois de ter a sua casa hipotecada, ela finalmente foi morar com a irmã. Ela ganhou um laptop pela primeira vez e finalmente teve a liberdade de abrir uma conta no Facebook. E começou a namorar.

Mas logo o ex-marido passou a responder as mensagens para o homem com quem ela estava saindo. E também começou a aparecer onde quer que ela estivesse.

De repente, ela o localizaria dirigindo atrás dela em uma rodovia. Certa vez, ela estava com tanto medo de que ele a estivesse perseguindo e pudesse puxar uma arma, que chamou a polícia.

Embora ela não tenha prestado queixa, a perseguição acabou diminuindo e ela se afastou ainda mais. Mas ela descobriu que tinha sido vítima do chamado stalkerware.

Stalkerware é um software disponível comercialmente que é usado para espionar outra pessoa por meio de seu dispositivo – geralmente um telefone – sem seu consentimento.

Ele pode permitir que o usuário veja as mensagens de outra pessoa, localização, fotos, arquivos e até mesmo vasculhar conversas nas proximidades do telefone.

'Stalking' (perseguição, em inglês) agora é crime no Brasil — Foto: Daniel Ivanaskas/Arte G1

‘Stalking’ (perseguição, em inglês) agora é crime no Brasil — Foto: Daniel Ivanaskas/Arte G1

Para ajudar a resolver o problema, Eva Galperin formou a Coalition Against Stalkerware em 2019.

Ela decidiu formar o grupo depois de olhar os relatos de várias supostas vítimas de estupro, que estavam com medo de que suas vidas continuassem sendo arruinadas pelos agressores por meio da tecnologia. Quando alguém tem acesso ao seu telefone, o potencial de exploração é enorme, explica ela. Por exemplo, uma vítima pode ser chantageada com ameaças de compartilhar fotos íntimas.

Galperin diz que nos casos de violência doméstica que ela encontra, “algum nível de abuso habilitado por tecnologia está quase universalmente presente”, e que isso geralmente inclui stalkerware.

“Geralmente está relacionado aos casos mais violentos – porque é uma ferramenta poderosa de controle coercitivo”, acrescenta ela.

Uma pesquisa indica que a proliferação de stalkerware é um problema crescente: um estudo do Norton Labs descobriu que o número de dispositivos indicando que eles tinham stalkerware instalado aumentou 63% entre setembro de 2020 e maio de 2021.

O relatório sugeriu que o aumento significativo pode ter sido causado pelo isolamento social, quando as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa.

“Os pertences pessoais estão mais acessíveis, provavelmente criando mais oportunidades para os abusadores instalarem aplicativos de stalker nos dispositivos de seus parceiros”, constatou o relatório.

Veja como e quando denunciar o 'stalking', crime de perseguição — Foto: Daniel Ivanaskas/G1

Veja como e quando denunciar o ‘stalking’, crime de perseguição — Foto: Daniel Ivanaskas/G1

Nos últimos dois anos, Galperin conseguiu convencer um punhado de empresas de antivírus a identificar esse tipo de software como malicioso. Isso ocorreu após uma relutância inicial em marcar o stalkerware como um programa indesejado – ou malware – por causa de sua possível legitimidade de uso.

Em outubro, Google removeu vários anúncios de aplicativos que incentivam os usuários em potencial a espionar o telefone de seus parceiros. Esses aplicativos costumam ser comercializados para pais que desejam monitorar os movimentos e as mensagens de seus filhos – mas, em vez disso, foram reaproveitados por abusadores para espionar seus cônjuges.

Um desses aplicativos, o SpyFone, foi banido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos em setembro de 2021 por coletar e compartilhar dados sobre os movimentos e atividades das pessoas por meio de um hack oculto no dispositivo.

Apesar desses movimentos positivos, alguns aplicativos de stalkerware e conselhos sobre como usá-los ainda são facilmente acessíveis na internet.

De acordo com Galperin, o próximo problema que a FTC está investigando são as empresas que vendem e compram dados de localização de telefones de usuários sem o conhecimento deles. Ela chama essa tecnologia de “uma ferramenta extremamente poderosa” para investigadores particulares, que a usam para rastrear a localização das vítimas.

Com o stalkerware deliberadamente projetado para ser difícil de detectar, mesmo aqueles que são mais experientes em tecnologia ainda podem ser vítimas dele.

Uma dessas pessoas era Charlotte (nome fictício), de uma analista sênior de segurança cibernética.

Logo depois de ficar noiva, ela lentamente percebeu que coisas estranhas começaram a acontecer com seu telefone. A bateria descarregava rapidamente e ele reiniciava repentinamente – ambos sinais reveladores de um stalkerware potencialmente instalado no dispositivo dela.

Até que o parceiro dela deixou claro que ele sempre sabia onde ela estava, e foi quando ela finalmente conectou os pontos.

Para obter alguns conselhos sobre o que fazer, ela foi a um encontro de hackers. A reunião aconteceu em um local onde o noivo dela havia trabalhado e ela conhecia alguns dos rostos.

Ela ficou chocada ao descobrir que existe uma cultura de aceitação de que parceiros possam rastrear um ao outro.

O ambiente de “irmandade” entre homens da área de tecnologia que ela encontrou a estimulou a entrar na segurança cibernética, para reforçar a “representação a partir de diferentes perspectivas”.

Uma rápida pesquisa na Internet revela muitos serviços alegando que podem invadir o smartphone de alguém com apenas um número de telefone, geralmente por algumas centenas de dólares a serem pagos em criptomoeda.

No entanto, embora o software com esses recursos possa ser acessado por órgãos de investigação, os especialistas em segurança cibernética acreditam que esses sites são provavelmente golpes. Em vez disso, o uso do stalkerware depende, em grande parte, de uma “engenharia social”, com a qual Charlotte diz que as pessoas podem aprender a ter cuidado e evitar.

O alvo pode receber uma mensagem de texto, que parece verídica, convidando-o a clicar em um link. Ou um aplicativo falso, disfarçado de legítimo, pode ser compartilhado com ele.

Charlotte diz “não tenha medo” caso você tente excluir um aplicativo suspeito e ele exibir uma série de avisos.

“Às vezes, eles usam táticas assustadoras para fazer com que os usuários não removam o software. Eles usam muitas técnicas de engenharia social.”

Se tudo falhar, Charlotte recomenda fazer uma redefinição de fábrica do telefone, alterando todas as senhas de suas contas de redes sociais e usando autenticação de duas etapas o tempo todo.

Então, qual seria a melhor forma de enfrentar o problema?

A maioria dos países já possui algum tipo de estatuto de escuta telefônica e leis anti-stalking em vigor.

Por exemplo, em 2020, a França apresentou um novo projeto de lei sobre violência doméstica que, entre outros pontos, reforçou as sanções à vigilância secreta: o rastreamento geográfico de alguém sem o seu consentimento agora é punível com um ano de prisão e multa de € 45 mil (R$ 290 mil). Se isso for feito pelo parceiro, as multas serão potencialmente ainda maiores.

Caminhos a seguir

Mas, para Eva Galperin, esse não é um problema que possamos esperar que uma nova legislação resolva inteiramente.

Ela acha que tanto o Google quanto a Apple poderiam, por exemplo, agir tornando impossível a compra de qualquer um desses aplicativos em suas lojas.

Crucialmente, ela acrescenta, o foco deve ser em um melhor treinamento para que a polícia trate o problema de maneira mais rigorosa.

Um dos maiores problemas que ela diz ver, é que as vítimas procuram a aplicação da lei na intenção de que ela seja cumprida. Porém, as autoridades fazem vista grossa e “dizem que esse não é um problema” prioritário.

A proliferação do cyber-stalking também trouxe um novo tipo de serviço de apoio às vítimas de violência doméstica.

A Clinic To End Tech Abuse – Ceta – é uma dessas instalações, associada à Cornell University nos Estados Unidos. A Ceta trabalha diretamente com sobreviventes de abusos, ao mesmo tempo em que coleta pesquisas sobre o crescente uso indevido de tecnologia.

Rosanna Bellini, do Ceta, diz que normalmente eles não recomendam a remoção imediata do stalkerware do telefone da vítima – sem fazer um planejamento de segurança primeiro com um responsável pelo caso.

A experiência anterior revelou esta abordagem: se o acesso do agressor ao telefone da vítima for cortado repentinamente, isso pode levar a uma escalada de violência.

Para Maria, que está livre do casamento abusivo há seis anos, as coisas não estão perfeitas, mas melhorando.

“Tenho um bom relacionamento com alguém que realmente se preocupa comigo e me apoia, ajudando a construir minha história”, diz ela.

Ainda há momentos em que ela fica ansiosa ao lidar com o telefone. Ela foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático (PTSD). Mas ela quer que outras vítimas saibam que a perseguição cibernética é enorme e que não estão sozinhas.

“Não tenha medo. Há ajuda lá fora. Fiz grandes avanços e, se posso fazer isso na minha idade, – aos 56 – qualquer um pode fazer.”

Do g1.

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