Orquestra Sinfônica da Paraíba apresenta concerto no Espaço Cultural nesta quinta

A Orquestra Sinfônica da Paraíba realiza, nesta quinta-feira (4), o sétimo concerto da temporada oficial 2015. A apresentação começa às 20h30, na Sala Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural, em João Pessoa. Sob direção artística do maestro Luiz Carlos Durier, o grupo será conduzido pela batuta do maestro soteropolitano Leandro Gazineo. A apresentação ainda vai contar com a participação do solista convidado, o violista paulista Ulisses Silva. Na noite, a OSPB executa um repertório de obras de Beethoven, Brahms e Gnatalli.

Repertório – A apresentação vai ser iniciada com a obra do compositor Beethoven. Dele, será executada a peça “Abertura Egmont”. Beethoven recebeu, em 1809, uma encomenda para escrever música para a peça Egmont, de Goethe, escritor a quem Beethoven tinha profunda admiração, que seria reapresentada em Viena no ano seguinte. O compositor a aceitou de pronto. A música incorpora a convicção de Egmont e de Beethoven de que a morte não é um fim quando esperança e ideais permanecem intactos. A música inicia com caráter sombrio, ganha confiança nos violoncelos e termina de forma triunfante e festiva.

Em seguida, de Radamés Gnatalli, a orquestra tocará o “Concerto para Viola e Orquestra de Cordas”, dividida em três movimentos: Allegro, Saudoso e Vivo. Nessa obra, o grupo paraibano será acompanhado do solista violista Ulisses Silva. A peça é um marco na história da música brasileira contemporânea. Composta em 1967, foi dedicada ao violista húngaro residente no Brasil, Perez Dworecki. Essa peça faz parte da produção madura do compositor, em que os elementos e influências da música popular e do jazz são incorporados de maneira natural e fluente, sem a preocupação de provar aos críticos sua capacidade de escrever música erudita.

Após um rápido intervalo, o compositor Johann Brahms será interpretado por meio da “Sinfonia n. 2 em Ré Maior, Op. 73”, dividida em quatro movimentos: Allegro com brio, Andante, Poco Allegretto e Allegro. A obra foi composta num turbilhão de inspiração em menos de um ano. Foi escrita durante o verão de 1877 na aldeia de Pörtschach numa época muito feliz e de grande satisfação pessoal. Segundo suas palavras: “Aqui as melodias correm tão livremente que é preciso ficar atento para não pisá-las”. Tem uma natureza romântica, é a mais alegre, pastoral e jovial de quatro sinfonias que compôs. Três notas iniciais servem de elemento construtor em toda obra, criando temas fantásticos. Guarda para o final uma grande apoteose. Esta obra é uma unanimidade para regentes, músicos e ouvintes da música romântica.