Organização de Mulheres Negras da PB entrega prêmio a professores

O prêmio é um reconhecimento à promoção nas escolas de uma educação antirracista e que contribua para a implementação da Lei 10.639/03

A Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba realiza nesta quinta-feira (20), às 15h, no Auditório Multimídia (Bloco C), do CCHLA, na UFPB, a entrega do “Título de Reconhecimento Iyé Dudu”  a  seis professores de escolas públicas da Paraíba.

O prêmio é um reconhecimento à promoção nas escolas de uma educação antirracista e que contribua para a implementação da Lei 10.639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.

Entre os ganhadores estão os professores Maria Juscilene Nestor da Silva, da Escola Municipal de Ensino Infantil, Fundamental e EJA, Jaime Lacet, de Santa Rita, com o tema “Legado africano: nossa herança, nossa história” e Rogério Ferreira Gomes,  da Escola Municipal Professora Ana Cristina Rolim Machado, de João Pessoa, que trabalhou a temática “Afro é belo: semana da consciência negra”

“A Lei 10.639 é um instrumento fundamental para o enfrentamento ao racismo, bem como, ela dá visibilidade a profissionais comprometidos com uma educação antirracista”, afirma a coordenadora da Bamidelê, Terlúcia Silva.

Após a entrega da premiação, será realizada a mesa de diálogo “Experiências afro-pedagógicas e desafios para a efetivação da lei 10.639”, com a coordenadora da Bamidelê, Terlúcia Silva, a coordenadora do Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais da Paraíba Maria Quitéria, Marli Soares, e a artista e integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisa Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), da UFPB, Fernanda Ferreira.

A Bamidelê –Organização de Mulheres Negras da Paraíba desenvolveu o projeto “Iyé Dudu” nas escolas municipais e estaduais da Paraíba, que consiste na contação de histórias para os alunos que envolvam assuntos relacionados a população negra, como também contribuir para a difusão da Lei 10.639. O projeto conta com a colaboração dos gestores escolares, professores e demais integrantes dos estabelecimentos escolares paraibanos.

Dia das Mulheres Negras – A entrega do título de reconhecimento é uma das atividades que integram o calendário de ações neste mês de julho, onde se celebra o dia 25 de Julho, “Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e de Teresa de Benguela no Brasil”.

Ainda na quinta-feira, será realizada às 18h30, no auditório multimídia, do Bloco C do CCHLA da UFPB, o debate “Feminismos negros: desafios permanentes”, com a professora Vânia Fonseca (UEPB e NEABI), a angolana e doutoranda, Flora Telo (UFBA e NEIM), e a coordenadora da Cunhã – Coletivo Feminista, Joana D’arc da Silva.

No sábado, 22, às 15h, será celebrado um ano da Abayomi, uma nova organização de mulheres negras que foi formada na cidade. “Preciosa tarde preta”, é o nome da atividade, que tem como objetivo apresentar o coletivo e acolher novas integrantes, e será realizada na Escola OM de Yoga, nos Bancários.

Na terça-feira, 25 de julho, será realizado o ato político , “Mulheres negras resistem: contra o racismo, a violência e pela democracia”, no Parque Sólon de Lucena (Lagoa), a partir das 14h.

E finalizando a programação, no dia 29, às 14h, no auditório da Associação de Docentes da Paraíba (ADUF-PB), na UFPB, será realizada a roda de diálogo “Discutindo o feminismo negro e lésbico: construindo a visibilidade, dignidade e respeito”

História

Desde 1992, as mulheres negras celebram o 25 de julho. Nesse ano, foi realizado o I Encontro de Mulheres Afro-Latino Americana e Caribenha, em Santo Domingo, na República Dominicana, sendo definida essa data como um dia de luta das mulheres negras. Na Paraíba, há 19 anos, a Bamidelê vem desenvolvendo ações e articulando parcerias para dar visibilidade à data.