Operação Ajuste: envolvidos em desvio de dinheiro público tem R$ 2 mi sequestrados pelo MPPB

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) está realizando na manhã desta quarta-feira (9) a ‘Operação Ajuste’, seguindo a determinação da Justiça para o sequestro de R$ 2 milhões em bens que estão em nome de dois empresários, de empresas potiguares e de um ex-presidente do Laboratório Industrial Farmacêutico do Estado da Paraíba S/A (Lifesa).

Os alvos da operação dos promotores de Justiça que compõem o Gaeco do MPPB fariam parte de um esquema que teria desviado recursos públicos do Lifesa e os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira por equipes do Gaeco. A denominação de ‘Operação Ajuste’ faz uma referência ao “ajuste” nas contas dos investigados, das empresas e do Lifesa, que deu origem às investigações.

Os mandados de apreensão e sequestro estão sendo cumpridos em João Pessoa, na Paraíba, e nas cidades de Caraúbas, Parnamirim e Natal, no Rio Grande do Norte; além de Recife, capital pernambucana. Entre os bens alvos de sequestro estão recursos financeiros em contas bancárias dos investigados, carros de luxo, a exemplo de BMW e Hilux’s, além de vários apartamentos e residências localizadas na orla de João Pessoa e em bairros nobres de Natal, Parnamirim e Recife.

De acordo com as investigações do Ministério Público, o grupo teria celebrado um convênio para a reestruturação do Lifesa junto à Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep) de mais de R$ 3,4 milhões, mas os valores não foram aplicados. Depois disso, os suspeitos (entre eles um ex-presidente do Lifesa) teriam simulado, durante o ano de 2012, a realização de um empréstimo entre o Lifesa e uma empresa; e depois feito transferências indevidas de dinheiro. De uma única vez, segundo o Ministério Público, teria sido transferido um montante de R$ 1,6 milhão; valor que não teria sido devolvido ao poder público.

Os recursos alvo de sequestro ficarão à disposição da Justiça e, com o cumprimento das buscas, os promotores de Justiça do Gaeco buscam aprofundar as investigações, identificando e tipificando a atuação de cada um dos integrantes do grupo, sendo essa a primeira etapa da operação.