Ocupar espaços para ir além da canção: Banda-fôrra diz importância de shows gratuitos em JP

A Banda-Fôrra vem ganhando projeção no circuito alternativo de música na Paraíba ao trazer uma identidade musical com elementos de rock psicodélico, batidas eletrônicas e melódicas além de singles dançantes. Dessa mistura surge um som que congrega públicos diversos.

O grupo lançou, recentemente, seu primeiro álbum, com título homônimo, na internet, para download gratuito. Eles pretendem agora se dedicar a promover o disco, reforçando seu repertório, que conta com 6 faixas inéditas.  O single de trabalho é canção Momento e Movimento, uma música que fala sobre dançar. Nas últimas semanas a banda fez uma série shows gratuitos: na UFPB, dentro da Semana de Luta Antimanicomial e no II Ocupa Pavilhão, movimento que reuniu vários artistas de diversas modalidades para dar visibilidade a bandeira da ocupação sustentável do espaço urbano

“São shows que tem caráter parecido, de comunidade, de agregar, são shows gratuitos e está todo mundo somando. Pra gente pé uma alegria danada somar com tanta gente de tantas áreas diferentes, ocupando a praça viva, cheia de gente, é lindo!”, ressaltou o vocalista Gustavo Limeira sobre a participação da Banda-Fôrra nos eventos citados.

Perguntado sobre a importância de interagir com a comunidade e seus espaços participando de eventos voltados a questões sociais e políticas, Gustavo foi mais enfático. “Pra gente é importante. Nem sempre a gente tem chance de colocar tudo aquilo que a gente acredita na letra da música. Então, a gente vai lá e ocupa os espaços. É uma forma de complementar o que a gente não pode dizer na canção. Ocupar a praça, ocupar a universidade, ocupar os espaços, é algo que está dentro da gente enquanto artista e enquanto pessoa”, reforçou ele.

Conciliando a participação em duas bandas, a Banda-Fôrra e A Troça Harmônica, Gustavo Limeira revela as peculiaridades de atuar, paralelamente, em dois projetos musicais distintos. “Esses dois trabalhos têm muita coisa em comum porque são uma oportunidade de trabalhar meu lado compositor. Na minha cabeça eles nunca entram em conflito justamente pelo que eles têm de diferente. Pra mim, eles se complementam”, afirma.

“A troça é um trabalho eminentemente vocal, tem muita voz, a palavra muita na frente. E a banda forra não, é muito mais textura, tem muitos outros instrumentos cantando comigo”, conclui ele, que revela uma novidade que deve causar alvoroço entre os fãs das duas bandas. “Não existe conflito (entre a Banda-Fôrra e A Troça Harmônica). Inclusive, brevemente a gente pretende juntar os dois no palco”, adianta Gustavo.

Com Sandro Alves de França, da Revista Hiperativo Cultural