“O governo Dilma acabou!”, dispara senador paraibano após ‘prisão’ de Lula

“O governo Dilma acabou!”. Essa é a certeza do senador e líder do PSDB no Senado Cássio Cunha Lima. A declaração do parlamentar paraibano foi feita em seu perfil no Facebook, após o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) ter sido conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos. A ação faz parte da 24º fase da Operação Lava Jato.

Cássio afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) “acabou com a confiança do país, aniquilou as esperanças num futuro próximo, detonou a ética, destruiu a economia, ceifou a verdade”. Cássio aproveitou a portagem para convidar a população para irem as ruas no próximo dia 13 para quando acontecerão manifestações em todo o país a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff .

Entenda o caso

A Operação Lava Jato, que começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, chegou à 24ª fase nesta sexta-feira (4). Segundo a Polícia Federal (PF), a operação ocorre na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, e em outros pontos em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. O Instituto Lula também é alvo da ação da PF.

O ex-presidente é alvo de um dos mandados de condução para prestar esclarecimentos, segundo a Polícia Federal. Ele não foi preso. Perto das 8h40, ele foi levado para o Aeroporto de Congonhas, em um carro descaracterizado, para depor à PF. Às 8h51, ele prestava depoimento dentro do aeroporto.

O Instituto Lula disse que vai divulgar uma nota ao longo do dia sobre a operação desta sexta. O Instituto também afirmou que a entidade e o presidente Lula “sempre prestaram todas as informações solicitadas pelas autoridades”.

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, igualmente é alvo de outro mandado de condução.
A PF também cumpre mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Lula, na casa e empresa dos filhos dele e no sítio que era constantemente frequentado por Lula, em Atibaia.

Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.

Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal participam da ação, que foi batizada de “Aletheia”. O termo é uma referência à expressão grega que significa “busca da verdade”.

No Rio de Janeiro, os mandados estão sendo cumpridos na capital, assim como na Bahia. Já em São Paulo, os municípios em que a operação é realizada são: São Paulo, São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André e Manduri.