Não republicano: Temer dispensa encontro com Ricardo Coutinho

O presidente Michel Temer (PMDB) teria todo o direito de dispensar, categoricamente, um convite para tomar um chope com o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). Toda a razão ainda para dispensar convite de batizado, pôquer ou roda de samba. Essa seria uma atitude lícita do cidadão Michel Temer em relação ao cidadão Ricardo Coutinho, mas não do presidente respondendo a um pedido de audiência de um governador com pauta pré-estabelecida: os interesses da Paraíba. É lamentável, mas foi isso o que aconteceu. O presidente respondeu a um pedido oficial de audiência com um simples não tenho tempo.

O tema foi abordado no blog do jornalista Gerson Camarotti, nesta terça-feira (1°), e confirmado pelo governo do Estado. Em telefonema para o governador Ricardo Coutinho, o cerimonial do Palácio do Planalto disse que o presidente estava com dificuldade de agenda para recebê-lo. O gestor paraibano foi um dos principais defensores da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), alvo de um impeachment, e fez campanha para tentar reverter o quadro. No dia 24 de outubro, protocolou ofício pedindo a audiência para discutir a necessidade de liberação, pelo governo federal, de verbas para obras já executadas. O gestor se queixa de falta de repasses, a exemplo do que ocorreu com o Viaduto do Geisel.

O cerimonial do Planalto, no entanto, disse que seria impossível a reunião e que enviaria a solicitação de respostas para o Ministério da Fazenda. Ou seja, não houve sinalização, sequer, de uma reunião com os ministérios que estariam atrasando os repasses. A promessa foi apenas a de que os questionamentos sobre verbas não repassadas seriam respondidos através da pasta da Fazenda. O secretário de Comunicação do Estado, Luis Torres, reforçou que, apesar da negativa, o governador está fazendo a parte dele, procurando os caminhos para defender as demandas da Paraíba. Naturalmente, apesar da negativa, da rejeição, vai continuar lutando a favor daquilo que é importante para o Estado não parar”. As informações são do blog do Suetoni Souto Maior.