“Não faço obra para deixá-la paralisada”, afirma Ricardo Coutinho

Sem recurso, sem obras. O governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB) ressaltou a importância de recursos federais para a realização de obras na Paraíba. Em entrevista ao Paraíba Já, o gestor explicou que não é afeito à paralisação das obras.

Questionado sobre a possibilidade de iniciar as obras das escolas técnicas mesmo sem os recursos financeiros federais, Ricardo esclarece. “Eu só posso fazer uma obra com recursos, não faço obra para deixá-la paralisada ou fazer com que ela dure quatro anos. Tem obras aí que eu não vou citar, mas que se arrasta há quatro anos. Eu não faço isso, eu começo uma obra se eu tiver dinheiro para terminá-la. Eu não posso fazer uma escola técnica ou qualquer outra obra sem ter isso, até porque a política de escola técnica é uma política do Ministério da Educação”, explicou.

Ricardo analisa a situação da crise e está otimista para a brevidade da estabilização da economia. “O Brasil passa por uma transição e tá sendo violenta essa transição, porque, infelizmente existe uma tentativa de inviabilizar o país, é claro que isso perdeu força, por isso acredito que já no segundo semestre a gente já tem alguns sinais de recuperação da economia. Acredito e torço, porque é fundamental, afinal, estamos dentro desse barco, queiramos ou não. Quem está me ouvindo nesse momento, se estiver doente não pode pegar um jatinho e ir para os EUA, vai ficar aqui. Por isso que o Trauma precisa ser bom, e por aí vai. Nós vivemos aqui, precisamos querer que esse país volte para os caminhos corretos, e é preciso que cada um faça a sua parte”, disse.

O governador ainda relembra as ações tomadas por ele na tentativa de prevenir o agravamento da crise no Estado. “Eu tenho compreensão da gravidade do caso, temos feito o que a gente pode para que a Paraíba não saia dos trilhos, somos o único Estado desde janeiro de 2011 que paga o salário do funcionalismo no mês trabalhado. Só posso falar pra trás, não posso falar pra frente porque a Paraíba, como a maioria dos Estados, ainda é muito dependente do FPE. Estados que não são dependentes, como São Paulo também sofrem com a crise. O caminho está sendo bem iluminado, ninguém se iluda, nós estamos sabendo pisar, vamos vencer a crise, e se Deus nos abençoar continuaremos com essa caminhada, que é diferenciada para o Estado. Percebam que o Estado tem um foco e uma caminhada e isso é muito importante que a gente consiga preservar”, revelou.