Municípios paraibanos devem imunizar 80% dos cães contra a raiva

Profissionais dos 42 municípios que integram a 3ª Gerência Regional de Saúde (GRS) participaram de uma reunião, nessa terça-feira (12), na sede do órgão, em Campina Grande, sobre a Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal. Entre as informações repassadas pelo chefe do Núcleo do Controle de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde, o veterinário Assis Azevedo, estava o percentual mínimo que os municípios devem atingir, que é de 80% da população canina. Na Paraíba, a meta é imunizar 522.373 cães e 191.911 gatos. No ano passado, 86,8% da cobertura vacinal canina foi atingida.

De acordo com o chefe do Núcleo do Controle de Zoonoses, nesta quarta-feira (13) a SES deve receber as doses e iniciar o repasse para as Gerências Regionais de Saúde de todo o Estado, que farão a distribuição para os respectivos municípios. O Dia D da Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal será 21 de outubro, mas alguns municípios começam a aplicação antes para poder atender às áreas rurais e de difícil acesso.

Ainda na reunião, o veterinário passou orientações para os profissionais dos municípios sobre a aplicação da vacina e de alguns cuidados que devem ser tomados. Ele explicou, por exemplo, que a vacina deve ser aplicada nos animais a partir dos três meses de idade e, no caso de ser a primeira vacina antirrábica do animal, outra dose deve ser aplicada de 30 a 45 dias depois.

Na Paraíba, os últimos casos de raiva humana foram registrados em Queimadas e em João Pessoa, no ano de 1999. No caso da raiva canina, neste ano foi registrado um caso, no mês de julho, na cidade de Pilões, onde um cão de caça foi infectado por um morcego e morreu.  Os outros dois casos de raiva canina no país aconteceram no Maranhão e no Mato Grosso.

Assis Azevedo orientou os coordenadores municipais de Vigilância Ambiental e de Imunização, além de médicos veterinários presentes à reunião, que sensibilizem a população sobre a importância da vacinação antirrábica, uma vez que a raiva é uma doença de alta letalidade, com 100% de morte na maioria dos casos.