Mulher Abacaxi fala de negócios e revela: ‘Tenho tesão pelo Jô Soares’

Marcela Porto, que nasceu Bruno Souza e gastou R$ 60 mil para se transformar na funkeira Mulher Abacaxi, revelou ter um desejo secreto. Seu sonho não é se envolver com um galã jovem e sarado. Marcela, de 33 anos, é fã incondicional de Jô Soares. Se tivesse que escolher entre músculos e cérebros, ela optaria pela segunda opção. “Tenho tesão pelo Jô Soares. Tenho vontade de namorá-lo. O que mais me atrai em um homem é o caráter e a inteligência, que ajuda a somar. Jô me passa também uma coisa boa de parceria e amizade”, disse ela.

Dona de uma frota de sete caminhões, a funkeira apresentou ao EGO o areal em Duque de Caxias onde sua frota abastece as caçambas com areia e areola. Marcela estava acompanhada do namorado, o venezuelano Elvis Santana, com quem se relaciona desde fevereiro e que está em visita ao Brasil. “Eu o conheci em Londres, nas minhas últimas férias e ele disse que sou a primeira trans com quem ele se relaciona na vida. Diz ele, né…”.

Quando conheceu Elvis através das redes sociais, Marcela estava namorando uma estudante brasileira de Medicina em Londres. Para ela, mesmo sendo trans, não importa o sexo. “Gosto de pessoas. Se são homens ou mulheres, isso não me diz nada”. Esse aliás é um dos motivos que a impedem de realizar a operação de troca de sexo. “Gosto também de transar com mulher. Quem sabe depois que ‘não funcionar mais’, eu opere?”.

A decisão de se assumir como mulher veio com segurança. No passado, quando iniciou sua transformação, Marcela gostava de se camuflar para lidar com os caminhoneiros. Para evitar possíveis constrangimentos, ela escondia os cabelos loiros com um boné e apertava os seios siliconados com uma faixa. “Até que descobri que não era o meu visual que iria impor respeito, mas sim o meu comportamento. Soube me fazer respeitar e hoje não preciso mais esconder os cabelos nem o decote”, festeja.

Marcela lembra que diferentemente dos cinco irmãos homens, ela sempre teve feições femininas e o único bullying que diz ter sofrido na vida foi o de ter sido confundida como menina na infância. “Ficava triste porque me chamavam de ‘filha da minha mãe’”, lembra ela, que se divertia vestindo escondida no quarto as calcinhas e sutiãs da irmã modelo.
Assumidamente gay desde então, ela perdeu a virgindade com um gaúcho mais velho quando tinha 15 anos. A primeira transa com um homem a deixou confusa. “Fiquei péssima! Estava certa de que era  gay. Como iria enfrentar meus irmãos, todos machistas?”.

O apoio veio da mãe, Dona Landinha. Marcela lembra que ela sempre desconfiou do homossexualismo do filho e mesmo assim nunca o reprimiu. O respeito dos irmãos ela conquistou com seu trabalho. Considerada a empreendedora da família, a funkeira comprou seu primeiro carro, uma Variant ano 1972 aos 15 anos vendendo os abacates que davam na árvore do quintal da família, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. “Um dia meus irmãos acharam o montinho de dinheiro que eu juntava e me acusaram de ser dinheiro do namorado gaúcho. Disseram que ele me sustentava. Mas era dinheiro do meu suor”, relembra.

Além da frota de caminhões, Marcela também se prepara para aumentar seus negócios e, em breve vai inaugurar  também em Duque de Caxias uma clínica estética. “Vou colocar minha cunhada para ficar à frente do negócio”.

No universo da música, Mulher Abacaxi está no processo da escolha de um hit para gravar um clipe com o produtor KondZilla: “Mas se tiver que escolher entre a carreira artística e meus negócios, fico com o certo, o que coloca a comida no meu prato: que são meus caminhões. Não sou de viver de ilusão.” As informações são do Ego.