Mozilla Firefox começará bloqueio parcial do Flash

A Mozilla anunciou que o navegador Firefox deverá começar a bloquear parte do conteúdo “não essencial” da web em Flash em agosto e pretende bloquear todo o conteúdo em Flash em 2017.

O Flash é um “plug-in” – um programa adicional executado pelos navegadores – que é necessário para visualizar algumas animações, vídeos e jogos na web. O programa é desenvolvido pela Adobe.

“Essas e outras mudanças futuras trarão ao Firefox uma segurança melhor, maior duração de bateria, carregamento mais rápido das páginas e mais responsividade do navegador”, diz o comunicado escrito pelo engenheiro Benjamin Smedberg em um blog oficial da Mozilla.

O Google já havia anunciado em maio que o Chrome deverá bloquear o Flash até o fim do ano, deixando apenas os 10 sites que mais usam o plug-in em uma “lista branca” de sites autorizados. A lista teria nomes como Amazon, Twitch, Facebook e YouTube, mas poderá ser revista periodicamente.

Assim como a Mozilla, o Google menciona os ganhos de segurança e desempenho com o abandono do plug-in. O bloqueio de conteúdo “não essencial” no Chrome começou já em setembro e 2015, mas não há detalhes se o bloqueio da Mozilla será o mesmo aplicado pelo Chrome, que impediu o uso do plug-in principalmente em peças de publicidade.

O bloqueio do Flash pode deixar alguns sites mais difíceis de usar ou com conteúdo faltando. O objetivo é que as páginas convertam qualquer conteúdo – especialmente vídeos – para HTML5, uma tecnologia mais nova que é embutida nos navegadores e, portanto, não exige “plug-ins”.

Esta coluna já começou a “testar” a web sem o Flash desde 2015. Hoje, a conclusão é de que já é possível usar praticamente todos os sites sem o plug-in da Adobe. A própria Adobe já abandonou a marca do Flash em seu produto profissional para criação de animações, que passou a se chamar “Edge Animate”.

Os responsáveis pelos navegadores estão agindo com bastante cautela, mas, se você não tem medo de experimentar, não há razão para não desativar o Flash em seu navegador (veja abaixo como). Desativar o Flash realmente deixará sua navegação mais rápida, além de diminuir o consumo de memória e processamento do navegador. Mas atenção: alguns sites podem sim exigir que você desfaça essas alterações para que funcionem corretamente.

Uma alternativa é utilizar um segundo navegador para os sites que exigem Flash. Por exemplo, se você usa o Chrome e desativar o Flash nele, abra os sites que exigem Flash no Edge ou no Internet Explorer.

Veja como desativar o Flash nos principais navegadores:

Chrome: Digite chrome:plugins na barra de endereços. Aperte Enter. Em “Adobe Flash Player”, clique em Desativar.

 

Firefox: Aperte CTRL-SHIFT-A para chamar a configuração de complementos. Ao lado do “Shockwave Flash”, marque “Nunca ativar”.
Com “Perguntar para ativar”, você pode ativar o Flash especificamente em cada página (a autorização vale para o site até você fechar o navegador). É uma opção interessantíssima para diminuir o uso do Flash sem ter o incômodo de ter que completamente reativá-lo a cada problema.

 

 

 

Edge: Abra o menu “…”, e vá em “Configurações”, depois “Exibir configurações avançadas” (fim do painel) e alterne a opção “Usar o Adobe Flash Player”

Internet Explorer: clique na “engrenagem” e então em “Gerenciar complementos”. Procure o “Shockwave Flash Object” na lista e clique em “Desabilitar”. A coluna não recomenda desativar o Flash no Internet Explorer, pois é interessante mantê-lo para uso exclusivo com os sites que derem problema de compatibilidade com os demais navegadores.

Informações do G1.