Moradores e turistas reclamam do acúmulo de lixo dentro da Lagoa, em João Pessoa

Recém-inaugurado, o Parque Solon de Lucena (Lagoa) já vive um cenário de retrocesso. O que era visto com frequência antes da reforma, voltou a ser constatado neste sábado (20): lixo acumulado sob as águas do principal cartão postal do Centro de João Pessoa, aumentando as chances de entupimento de galerias. Pessoenses e turistas que visitaram o local nesta manhã criticaram a falta de zelo com o equipamento que custou mais de R$ 40 milhões aos cofres públicos para ser recuperado.

Para a turista Kátia Figueiredo, 45, de Juiz de Fora, o que o guia de turismo “vendeu” como opção de passeio de encher os olhos, foi uma das decepções de sua viagem. “Soube que isso aqui foi reformado recentemente e já tem lixo na calçada, lixo dentro da água. Nem sequer o píer está aberto para visitação. O que aproveitar desse passeio aqui?”, questionou.

Além de reclamar do lixo dentro da Lagoa, o estudante universitário Danilo Araújo, morador de Miramar, lembrou que a reforma do Parque Solon de Lucena não ficou da forma como foi apresentada no projeto inicial divulgado pela prefeitura. “Tem muita coisa que não foi feita aqui. Aliás, até hoje são feitos reparos, o que nos dá a impressão de que inauguraram às pressas. É pista que descascou, mal cheiro nos banheiros e agora lixo dentro da água”, apontou.

Paralelamente aos problemas estruturais, a reforma da Lagoa enfrenta questionamentos na esfera judicial. A obra está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), que resolveu instaurar inquéritos civil e criminal para apurar a denúncia feita pela Controladoria Geral da União (CGU) de que foram desviados R$ 10 milhões durante a execução dos serviços.

Outra polêmica que gira em torno da obra da Lagoa diz respeito a quantidade de lixo retirado do local. A prefeitura garante que foram 200 mil toneladas, no entanto, a CGU questiona a informação.

Lixo na Lagoa_2008