Mocinho x bandido: 7 ingredientes que eram comuns e viraram vilões

Com o avanço das pesquisas e aumento da expectativa de vida, comer bem e de forma saudável são preocupações cada vez mais frequentes. Esse tipo de cuidado é muito benéfico, claro, mas às vezes há certo exagero na interpretação desses estudos e, vira e mexe, a ciência é obrigada a voltar atrás.

Para ficar em apenas um exemplo, é o caso do ovo, que foi transformado em mocinho e em bandido tantas vezes que até virou piada – o que não impede que muitas pessoas hoje comam só a clara, só por precaução. Assim, para uma alimentação rica e variada, é tão bom ouvir os pesquisadores quanto o bom senso e buscar sempre o equilíbrio.
Veja outros sete ingredientes que frequentavam sem culpa as cozinhas de nossas mães e avós e hoje são tidos por muitos como grandes vilões da saúde – com ou sem prova científica.
Mocinho ou bandido?
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Banha de porco

Depois da cruzada contra a gordura saturada animal, apontada como grande culpada por problemas cardiovasculares nas últimas décadas, ela foi praticamente banida da nossa dieta, resistindo apenas em algumas regiões do país. As mais recentes evidências, no entanto, tendem a inocentar a banha, que pouco a pouco começa a voltar às mesas brasileiras.
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Manteiga

Assim como a banha, ela começou a sofrer perseguição junto com os primeiros resultados de estudos relacionando colesterol e infarto. Surgiram então as margarinas, alternativa feita com óleo vegetal hidrogenado e supostamente amiga do coração. Anos de consumo depois, hoje se sabe que a manteiga não é tão pior quanto sua imitação.
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Açúcar

Um dos ingredientes mais corriqueiros de qualquer cozinha virou o inimigo íntimo de gerações que consomem cada vez mais produtos industrializados e refrigerantes, que concentram muito açúcar “escondido”. Se, por um lado, seu excesso é extremamente prejudicial, por outro, é o meio mais rápido de absorver glicose, essencial ao funcionamento do cérebro.
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Sal

Sofre do mesmo problema do açúcar: ser tido como grande vilão devido ao abuso crescente que se passou a fazer dele. Graças às suas qualidades de conservar alimentos e realçar os sabores, toneladas de sódio são acrescentadas aos produtos industrializados mais comuns, o que faz com que a ingestão média diária supere em muito a recomendação médica.
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Caldo em cubo

Caldos de carne, galinha e legumes em cubinhos constavam página sim, página não dos cadernos de receitas de nossas mães. Mas além de deixar tudo com o mesmo gosto, ele é um dos grandes concentradores de sódio que mencionamos: um único cubo de caldo de picanha pode chegar a 90% da cota diária recomendada.
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Farinha de trigo

A versão refinada da farinha de trigo, a branca, é uma das vilãs mais recentes dessa lista. Além de ser mais pobre em fibras do que a prima integral, ela carrega o novíssimo pecado do glúten – uma proteína do trigo maléfica para os portadores de doença celíaca, mas aparentemente inócua para todas as outras pessoas.
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Leite

Leite de arroz, de amêndoas, de soja e similares não mamíferos são cada vez mais populares graças à recente inclusão do leite de vaca na mesma categoria dos vilões. Outrora sinônimo de saúde, entornar aquele copão virou ato de coragem devido à vilanização da lactose, um açúcar que a maioria de nós é capaz de digerir normalmente e faz mal só a alérgicos e intolerantes.
Do Uol