Ministério justifica bloqueio de recursos e diz que RC era “privilegiado” por Dilma

O Ministério das Cidades, em nota divulgada na noite desta sexta-feira (10), rebateu as declarações do governador Ricardo Coutinho (PSB), sobre a retirada de recursos, na ordem de R$17,8 milhões, destinados à obra do viaduto Eduardo Campos, popularmente conhecido como “Viaduto do Geisel”. Durante evento político, em Cabedelo, Ricardo revelou que o valor foi subtraído pelo governo federal, após depósito com ordem bancária na conta do Estado.

Na nota, o ministério aponta que a Paraíba era “privilegiada” pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o que denota uma certa retaliação do governo atual.

O ministro Bruno Araújo, que é deputado licenciado pelo PSDB de Pernambuco, também afirmou que a avaliação sobre os recursos liberados para obra foi uma demanda dos senadores paraibanos, durante sua vinda à Paraíba na semana passada.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação à obra de construção do viaduto Geisel, em João Pessoa, na Paraíba, o Ministério da Cidades esclarece que, para melhor gestão do orçamento, houve a retirada dos R$ 17,8 milhões, já que o governo afastado liberou a integralidade da verba sem que a obra estivesse com o nível de medição de acordo com os critérios necessários para o recebimento do valor questionado.

Em visita à Paraíba na semana passada, o Ministro Bruno Araújo, em atenção aos senadores paraibanos, sinalizou estudar a questão da obra do viaduto Geisel, adequando o pagamento à porcentagem real de execução da obra, que hoje está em 22%.

O que salta aos olhos é o governo do Estado da Paraíba buscar ter tratamento privilegiado em detrimento às centenas de obras pelo País com medições bem mais avançadas e deixadas sem pagamento pelo governo afastado. É algo que foge ao padrão da administração pública.

Se a opção do governo paraibano é demandar judicialmente, o Ministério das Cidades vai aguardar a notificação judicial para providências pela Advocacia Geral da União e aguardará o transito em julgado da decisão.