O Ministério da Saúde estuda retirar a insulina do “Aqui Tem Farmácia Popular”, caso o preço pago pelo produto não seja reduzido. De acordo com informações do portal Estadão, a medida faz parte de uma estratégia para restringir o orçamento do programa, que beneficia mensalmente uma média de 9,8 milhões de pessoas. Pela proposta, que o jornal teve acesso, a distribuição do produto passará a ser feita somente nos postos de saúde básica caso não haja redução nos valores pagos pelo Ministério da Saúde às farmácias.

O representante da pasta, o ministro Ricardo Barros, afirma que o Ministério da Saúde paga pela unidade do produto distribuída no Farmácia Popular R$ 27,50, quase três vezes mais do que é desembolsado para o produto distribuído na rede pública, cerca de R$ 10. Estimativas de mercado indicam que 30% do acesso à insulina no Brasil é feito por meio das farmácias credenciadas ao programa. Em entrevista ao Estadão, o ministro afirmou que a insulina será mantida “desde que não onere os recursos públicos.”

Ainda conforme a reportagem, pela proposta feita pelo ministério, caso não haja entendimento, a insulina deixaria de ser distribuída no “Aqui Tem Farmácia Popular” a partir de 1º de janeiro de 2018. Procurado, no entanto, o ministério disse não haver data definida.

Programa “Aqui Tem Farmácia Popular”

Estão incluídos no “Aqui Tem Farmácia Popular” 42 produtos. Do total, 26 medicamentos (para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma) são adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos pacientes de forma gratuita. Para os demais produtos, os descontos chegam a 90%.

Atualmente, o investimento no programa é de R$ 2,6 bilhões. Caso nenhuma mudança seja feita, o governo estima que, para 2018, o “Farmácia Popular” exigiria R$ 3 bilhões. A proposta de Barros é reduzir a base de cálculo dos remédios, o que, a princípio, traria uma economia de R$ 750 milhões. Estimativas de mercado indicam que 30% do acesso à insulina no Brasil é feito por meio das farmácias credenciadas ao programa.

A proposta, no entanto, provocou uma forte reação do setor produtivo, que ameaça sair do programa. As informações são de O Povo.