Margareth Diniz é reeleita para mandato de quatro anos na reitoria da UFPB

A chapa 2, encabeçada pela atual reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Margareth Diniz e Bernardina Freire (vice), venceu ontem, a eleição do segundo turno da instituição com 53,90%. A chapa 1, formada pelo professor Luiz de Sousa Junior e Terezinha Domiciano Dantas Martins (vice), obteve 46,10%. Os resultados foram apurados até as 23h30. Para finalizar faltava apenas os votos dos professores (0,4%), funcionários (0,1%) e alunos (3,1%).

Muita expectativa, ansiedade e conquista de votos marcaram, ontem, o segundo turno das eleições para a Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Os candidatos Margareth Diniz e Luiz Júnior percorreram os pavimentos da instituição, na capital, a fim de mudar o quadro de abstenção do primeiro turno, onde 70% dos eleitores não compareceram às urnas ou votaram nulos e brancos. O pleito teve início às 8h e se prolongou até as 21h.

Os candidatos falaram sobre suas metas para a próxima gestão e enfatizaram que dar continuidade às obras que estão paradas é prioridade. Os concorrentes chegaram pela manhã, antes do iní- cio das votações e em alguns momentos foram acolhidos pelos eleitores, apesar de alguns estudantes demonstrarem insatisfação com o resultado do primeiro turno e estarem em dúvida na escolha do candidato.

De acordo com a universitária do primeiro período do curso de Ciências Contábeis, Isadora Cristina, nenhum dos concorrentes tinha credibilidade para assumir o cargo de reitor. Apesar das críticas e insatisfações de uma parcela da comunidade estudantil, os candidatos se mantiveram tranquilos e prosseguiram focados em esclarecer dúvidas e propagar suas ideias. Margareth, que liderou a chapa dois, disse que o objetivo é consolidar os avanços da sua atual gestão e entregar as obras que ficaram inacabadas no primeiro mandato.

“Vamos avançar no alicerce que já fizemos e entregar à comunidade acadêmica as obras inacabadas. Realizar a revisão do Estatuto da Universidade, avançar na internacionaliza- ção, construir outras residências, os refeitórios do Campus de Mangabeira e da Unidade de Santa Rita, viabilizar o restaurante universitário para os outros estudantes que não estão dentro do perfil do PNAS, que é o Programa Nacional de Assistência Estudantil, para os servidores técnicos e professores, e, consolidar os avanços que nós já fizemos na primeira gestão”, afirmou.

A candidata a reeleição estava confiante. “Tinha certeza que a universidade iria dizer sim aos avanços e construções de tudo que já foi feito”, concluiu. O professor Luiz Junior, opositor que encabeçou a chapa um, também citou as obras inacabadas e ressaltou outras metas, como garantir a permanência dos estudantes na Universidade e melhorar a estrutura física da instituição.

“Fundamentalmente, concluir todas as 56 obras inacabadas era uma prioridade. A nossa segunda meta seria fazer uma descentralização orçamentária e administrativa, pois estamos muito engessados do ponto de vista normativo e precisamos, inclusive, fazermos uma estatuinte para realizarmos um reordenamento. Ver a questão da iluminação, conectividade, acessibilidade, arruamento, segurança e parte elétrica. Melhorar a assistência estudantil seria fundamental para garantir a permanência dos nossos alunos na Universidade, pois a taxa de evasão é muito alta e sabemos que com assistência estudantil essa taxa de retenção vai diminuir bastante”, explicou.

Durante a apuração, Luiz Junior ainda afirmava estar seguro da vitória. “Eu estava muito confiante e achava que a Universidade iria responder ao sentido da mudança. Já no primeiro turno as três chapas de oposição somaram quase 54% dos votos e eu acreditava que isso significaria já uma rejeição à gestão atual,” completou. As informações são do Jornal A União.