Maranhão rebate Rosas: “reciprocidade não é uma camisa de força”

O senador José Maranhão, presidente do PMDB da Paraíba, rebateu na tarde desta sexta-feira (12) as declarações do presidente do PSB da Paraíba Edvaldo Rosas sobre a falta de reciprocidade dos peemedebistas nas eleições municipais em João Pessoa.

O PMDB compõe a base aliada do Governo do Estado, mas na disputa pela prefeitura da Capital deve ter candidatura própria encabeçada pelo deputado federal Manoel Junior. Maranhão disse não haver quebra de acordo político e que há situações semelhantes em todo o Estado.

“No meu entender, reciprocidade não significa submissão. O PMDB tem candidato a prefeito de João Pessoa. Tem situações e situações. Por exemplo: reciprocidade em Guarabira, em Cajazeiras, em Sousa etc, em todo canto teria de haver. Reciprocidade não é uma camisa de força, não, que o sujeito pega e põe no seu correligionário e diz a ele ‘você tem de renunciar a sua candidatura!’ , ‘você tem de apoiar a candidatura A ou B’. Numa política municipal os acordos e as alianças se formam dentro do entendimento dos agentes locais. Essa coisa não é feita de cima pra baixo. São as condições (políticas) naturais de cada município”, defendeu o senador.

Maranhão também respondeu sobre as comparações que vem sendo feitas entre as disputas eleitorais em Campina Grande e João Pessoa. Em Campina, o PSB deve apoiar a candidatura peemedebista do deputado federal e ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo, e, na Capital, o partido esperava que houvesse reciprocidade do PMDB no apoio a candidatura socialista de João Azevêdo.

“João Pessoa é diferente de Campina Grande. João Pessoa não é um distrito de Campina Grande, nem Campina Grande é distrito de João Pessoa. Você não pode impor aos políticos de João Pessoa uma solução que agrade aos políticos de Campina Grande e vice-versa”, argumentou Maranhão.

O senador ainda avaliou a postura do governador Ricardo Coutinho nas articulações políticas para as eleições 2016.

“O governador tem todo o direito de comentar porque, afinal de contas, ele está ‘defendendo a sardinha’ dele. Ele é governador eleito pela legenda do PSB, ele quer um candidato próprio em João Pessoa. E João Pessoa tem outros candidatos, não tem só o candidato do PMDB e o do PSB. Essa é que a realidade. João Pessoa é a maior cidade do Estado da Paraíba. Paciência, meu amigo!”, justificou Maranhão.