Malcolm Young, guitarrista e fundador do grupo AC/DC, morreu neste sábado, aos 64 anos. O irmão mais velho de Angus Young estava internado para tratamento de demência desde 2014, quando foi substituído na banda pelo sobrinho Stevie.

A notícia foi dada no site oficial da banda: “Com tristeza informamos a morte de Malcolm Young, amado marido, pai, avô e irmão. Malcolm vinha sofrendo de demência há alguns anos e morreu em paz, com a família ao seu lado.”

Logo em seguida, Angus lamentou a morte do irmão em outro comunicado: “Como guitarrista, compositor e visionário, ele era um homem perfeccionista e único. Sempre pegou suas armas e fez e disse exatamente o que queria. Sua lealdade aos fãs foi insuperável. Como seu irmão é difícil expressar em palavras o que ele significou para mim durante minha vida, o vínculo que tivemos foi único e muito especial. Ele deixa para trás um enorme legado que viverá para sempre.”

O peso do luto é ainda maior para Angus, que no fim de outubro já havia perdido outro irmão, George. Nascido em 1946, mais velho do que Malcolm (de 1953) e Angus (de 1955), ele era adolescente quando se mudou com os pais, William e Margaret, de Glasgow, na Escócia, para Sidney, na Austrália.

Após fazer algum sucesso na Austrália com a banda Easybeats nos anos, 1960, George ajudou os irmãos mais novos, já na década seguinte, a formatar a sonoridade do grupo que eles estavam formando: o AC/DC. Ele sugeriu a contratação do cantor Bon Scott para o lugar de Dave Evans e produziu os primeiros discos da banda, clássicos como “High voltage” (a estreia, em 1975) e “Powerage” (1978).

Angus e Malcolm Young em um show de 1978, nos EUA – Reprodução

Apesar de Angus, com seu uniforme escolar e chifrinhos de diabo, ter se tornado a imagem mais conhecida do AC/DC, Malcolm era reconhecido como o líder e principal força criativa do grupo.

Membro fundador, ele esteve fora da banda apenas durante a turnê de 1988, quando precisou tratar seu problema com álcool. Na época foi substituído pelo sobrinho Stevie, que também viria a ocupar seu lugar anos depois, quando a demência forçou sua aposentadoria. Fonte: O Globo.