Fundador do PT ingressa com novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff

Um dos fundadores do PT, o advogado Hélio Bicudo ingressou com um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados. Esse será o 15º pedido em tramitação. Desde janeiro, já foram protocolados 22 pedidos de afastamento da presidente na Casa.

O novo pedido de impeachment acusa a presidente de ter cometido crime de responsabilidade tanto pelos fatos relacionados à Operação Lava Jato, quanto pelo atraso proposital de recursos de programas sociais aos bancos públicos, o que tem sido chamado de “pedalada fiscal”.

A petição foi entregue ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), exatamente 23 anos depois do primeiro pedido de afastamento protocolado contra o então presidente e hoje senador, Fernando Collor (PTB-AL).

“Se esta casa não tomar as providências cabíveis, a tendência é realmente este terrível quadro se acirrar”, aponta o documento também assinado pela advogada Janaína Paschoal. “Parte dos fatos objeto do presidente pedido pode constituir, além de crimes de responsabilidade, crimes comuns”, complementa a peça jurídica.

A advogada disse que vem acompanhando nos últimos meses a crise política e econômica pela qual vem passando o Brasil e que, por isso, resolveu ingressar com o pedido de impeachment. “Nos preocupa o país do jeito que está”, aponta.

Em 17 de julho, horas após o anúncio do rompimento com o governo, Cunha despachou 11 ofícios de atualização e adequação dos requerimentos de impeachment conforme noticiou em primeira mão o Congresso em Foco. Na ocasião, o deputado não se limitou a esse tipo de protocolo, que reúne cidadãos, movimentos sociais e até o deputado Bolsonaro (PP-RJ) entre os autores. Em decisões unilaterais, Cunha demonstrou que, para além do discurso, de fato seria um reforço de peso para a oposição. As informações são do site Congresso em Foco.