O presidente da Liga das Orquestras de Frevo de João Pessoa, Luziberto Costa, se defendeu das acusações do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) de que o protesto feito durante o Folia de Rua desse ano tinha motivação política. O prefeito ainda ameaçou cortar o valor destinado a esses blocos para a realização do desfile alegando que “o dinheiro público foi dado para comprar fantasias, não para fazer protesto”.
“Primeiro de tudo, ele (Luciano Cartaxo) que procure saber se eu tenho alguma ligação com o PSB. Não sou filiado ao PSB nem a nenhum partido. Ele está esquecendo que a prefeitura lançou um Edital e em momento nenhum o Edital diz que nós somos obrigados a sair fantasiados. A planilha que nós temos de prestar contas é a planilha que está dentro desse edital , na questão na planilha financeira”, justificou Luziberto, que ressaltou ainda que o uso dos recursos seguiu rigorosamente os critérios legais estabelecidos.
“Não tem motivo para Cartaxo estar desesperado, não! Nós não estamos a serviço de ninguém. O que nós fizemos (os clubes de frevo) – e avisamos a Funjope – é que se o dinheiro não saísse 30 dias antes dificilmente as agremiações iriam fazer o (desfile do) carnaval. O dinheiro saiu na terça-feira (02) para executar até o domingo”, reforçou Luziberto.
Entre 2015 e 2016 a verba para as orquestra de frevo carnaval caiu de R$ 17 mil para R$ 12,6 mil, uma redução de 25,8% do valor. Luziberto, no entanto, afirmou que o principal motivo para o protesto foi a liberação do recurso em cima da hora, o que, de acordo com ele, inviabilizou o planejamento das orquestras para o Carnaval 2016.
“Quando vimos que o dinheiro não iria sair antes do dia 02, tomamos as nossas precauções e resolvemos sair padronizados. Todo mundo resolveu sair de preto porque não aguentava mais o tratamento com o carnaval tradição e principalmente com o clubes de Frevo. Foi apenas um alerta para quem está na prefeitura sobre a liberação desse dinheiro”, ressaltou.
